Investidores institucionais aderem cada vez mais aos ativos digitais

Os ativos digitais estão se tornando cada vez mais interessantes para os investidores institucionais. Foi o que apontou o recente estudo “Digital Assets as the new alternative for institutional investors”, realizado pela Economist Impact com apoio da OKX.
O relatório revelou que, entre os ativos digitais que mais atraem os investidores institucionais estão: criptomoedas e NFTs, assim como fundos e títulos privados tokenizados.
Além disso, a pesquisa mostrou que tecnologias associadas a esses ativos estão ganhando uma aceitação cada vez maior no setor financeiro.
Como referência, o estudo cita o fato de que mais de US$ 1 bilhão em títulos do Tesouro dos Estados Unidos (EUA) agora são tokenizados em blockchains públicas.
Similarmente, o Banco Europeu de Investimento emitiu, com sucesso, um título nativo digital de 50 milhões de euros, que associou blockchains públicas e privadas. Ao considerar que o valor dos ativos tokenizados deve passar de US$ 10 trilhões em 2030, as oportunidades são grandes.
Enquanto cresce a convergência entre instituições financeiras tradicionais e players nativos digitais, no que diz respeito a ativos digitais, o estudo destaca quatro pontos fundamentais para os investidores institucionais. Confira a seguir.
1. Alocação de investimentos em ativos digitais
Segundo a pesquisa, os investidores institucionais veem os ativos digitai como uma promissora categoria, com substancial perspectiva de expansão. Cerca de 69% deles planejam aumentar a alocação de investimentos em ativos digitais e produtos relacionados, nos próximos dois a três anos.
Entres os fatores que estão estimulando esse movimento está o amadurecimento da tecnologia blockchain e da infraestrutura de segurança digital, inovações como a tokenização de ativos do mundo real e esforços no sentido da regulação.
Há uma demanda dos clientes de bancos e gestores de investimento por uma maior exposição a ativos digitais. Como resultado, diversos produtos e ferramentas de investimento estão surgindo. Como, por exemplo, ETFs (exchange-traded funds) e plataformas blockchain baseadas na descentralizada tecnologia Web3, afirmou Thijs van Boven, head trader of digital assets na VanEck, empresa que gerencia investimentos.
2. Custódia
Segundo o estudo, a demanda por custódia terceirizada é a opção número 1 para hedge funds tradicionais e cripto. Custodiantes de criptomoedas que cumprem os devidos critérios de licenciamento e compliance estão emergindo como parceiros confiáveis. Permitindo, dessa forma, que os investidores se beneficiem de oportunidades no setor de ativos digitais.
3. Desenvolvimento regulatório
A pesquisa ressalta que a convergência de estruturas regulatórias em desenvolvimento será fundamental para lidar com a incerteza do mercado e assegurar proteção ao consumidor.
Nesse sentido, investidores institucionais precisam ter um entendimento profundo do ambiente regulatório, atualmente em fase de evolução e amadurecimento.
Os reguladores têm a responsabilidade de abraçar o futuro e finalizar regulamentações que protejam os consumidores e cultivem a inovação responsável, afirmou Anthony Scaramucci, fundador da empresa de investimentos Skybridge Capital.
A pesquisa destaca a importância de colaboração entre países nesse campo. Como exemplo de uma iniciativa bem-sucedida, o relatório cita “The European Union’s Market in Crypto-Assets Regulation”, a primeira estrutura de regulação e supervisão interjurisdicional.
4. Gestão de riscos
O estudo chama atenção para o fato de que os investidores institucionais precisam gerenciar riscos associados à adoção de ativos digitais. Isso inclui, por exemplo, riscos inerentes à infraestrutura tecnológica, no sentido de prevenir atuação de hackers, falha de sistemas e irreversibilidade de transações, entre outros.
Semelhante ao que ocorre nas finanças tradicionais, medidas como análise de cenários, stressing tests e auditorias de terceiros, entre outras ações, são extremamente importantes.
Os avanços tecnológicos já permitem adaptar estratégias emergentes a ativos digitais, como, por exemplo, machine learning para monitorar transações blockchain e automatizar procedimentos anti-lavagem de dinheiro, assim como softwares de última geração para gerar avaliações de risco de contratos inteligentes.
Nos próximos dez anos, consumidores em massa estarão fazendo transações em blockchains sem nem perceberem que estão usando a tecnologia, destacou Anthony Scaramucci, da Skybridge Capital.
Em suma, o relatório enfatiza que os ativos digitais estão promovendo uma disrupção na indústria financeira e os investidores digitais querem garantir sua parte nesse crescente movimento. Entender os quatro pontos analisados pode ajudá-los a aproveitar as oportunidades e mitigar os desafios, de forma eficaz e eficiente.

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