5 tendências para o (promissor) mercado de stablecoins em 2025

Brasil Criptomoedas Donald Trump Tether USDC USDT
Fatores como agilidade, estabilidade e escalabilidade impulsionam a categoria.
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No Brasil, as stablecoins respondem por 90% das transações com criptomoedas, segundo dados divulgados na quinta-feira (06/07), pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo.

Segundo o executivo, esse tipo de ativo é usado pelos brasileiros, principalmente, como meio de pagamento, em compras internacionais.

Também nesta semana, essa categoria de criptoativo foi destaque da primeira conferência de imprensa do “czar de IA e cripto da Casa Branca”, David Sacks (em 04/07).

Na ocasião, Sacks ressaltou que as stablecoins têm um papel decisivo para assegurar o dólar como moeda de reserva global, em um cenário cada vez mais digital.

Além disso, ressaltou que esse tipo de criptomoeda pode aumentar a demanda por títulos do tesouro dos Estados Unidos.

Inclusão e estabilidade

Adicionalmente, a última edição do estudo anual “State of Crypto”, da Andreessen Horowitz, registrou a crescente adoção das stablecoins. O relatório destaca a capacidade das stablecoins para viabilizar pagamentos mais baratos, rápidos e globais.

Além do mais, cita depoimento do congressista Ritchie Torres (de Nova York, EUA), que afirma que a proliferação de stablecoins lastreadas em dólar podem se tornar o maior experimento de inclusão financeira da humanidade.

Torres enfatizou, especialmente, o potencial das stablecoins como alternativa estável à inflação e desvalorização de determinadas moedas tradicionais.

Em resumo, só se fala em stablecoins recentemente, tanto no cenário nacional como internacional. E essa é, portanto, uma categoria para ficar de olho em 2025.

Confira, a seguir, cinco tendências fortes para essa categoria, apresentadas em análise da Quartz sobre stablecoins.

1 – Adoção em massa

Antes de mais nada, você sabe o que é uma stablecoin? Esse tipo de criptomoeda tem seu valor atrelado a um outro ativo.

Esse ativo pode ser uma moeda fiduciárias como o dólar ou o euro, por exemplo, ou uma commoditie, como o ouro.

Dessa forma, as stablecoins são menos voláteis e mais estáveis, uma vez que seu valor depende diretamente do ativo ao qual está agregada. Entre as mais conhecidas estão Tether (USDT) e USD Coin (USDC).

O uso das stablecoins está crescendo, como mencionado anteriormente. E esse movimento deve se manter.

Isso se deve a fatores como agilidade, estabilidade e escalabilidade (uma vez que viabiliza transações internacionais).

Dessa forma, vários setores estão passando a adotar esse tipo de criptomoeda, que é usada, por exemplo, para envio de remessas e pagamentos. Ao mesmo tempo, também é uma opção mais confiável para reserva de valor.

2 – Maior utilização como meio de pagamento

A análise da Quartz salienta que as stablecoins estão se tornando um elemento essencial no ecossistema financeiro global, ao aliar a estabilidade de ativos tradicionais à tecnologia blockchain.

Tanto que gigantes do setor de pagamento, como PayPal e Visa, passaram a utilizar stablecoins em pagamentos transfronteiriços. Isso porque essas criptomoedas representam uma maneira mais prática de converter moeda fiduciária em cripto.

O estudo da Andreeseen Horowitz mostra, ainda, como é mais barato fazer uma transferência internacional por meio de USDC, chegando a 99% menos (veja no quadro a seguir).

Fonte: Andreeseen Horowitz

3 – Crescimento do volume de negociações

Segundo o estudo da Andreeseen Horowitz, as stablecoins respondem, em média, por um terço do uso global de criptomoedas.

E o USDT não é apenas a principal stablecoin, mas também a criptomoeda mais negociada do mundo. Só para exemplificar, seu volume diário de transações muitas vezes supera a soma dos volumes do Bitcoin e do Ether.

No que diz respeito à capitalização de mercado, o USDT é a quarta maior criptomoeda, segundo ranking da CoinMarketCap, com cerca de US$ 141 bilhões. Enquanto isso, o USDC ocupa a sétima posição, com US$ 56 bilhões.

4 – Apoio à regulação da categoria

Um dos maiores desafios quanto às stablecoins, nos Estados Unidos, é a regulação (e o que acontece por lá, a gente sabe, termina impactando e influenciando vários outros mercados).

Na gestão anterior da Comissão de Valores Mobiliários (SEC), havia um entendimento, por parte do presidente do órgão, Gary Gensler, de que as stablecoins podem ser considerados valores mobiliários. E, assim, devem estar submetidas à SEC e às normas previstas para esta categoria.

Por outro lado, a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos (CFTC), argumentava que as stablecoins deveriam ser enquadradas como commodities. E, desse modo, ficarem no escopo da CFTC.

Com a saída de Gensler da SEC, as discussões sobre regulação continuam. Porém, uma nova administração mais favorável ao setor cripto durante o mandato de Donald Trump, podem pender para o lado desse mercado.

Enquanto isso, o senador Bill Hagerty apresentou um projeto de lei para regular as stablecoins nos Estados Unidos, em busca de um consenso sobre a categoria.

5 – Proteção contra a inflação

Por fim, destaca-se o uso das stablecoins como uma espécie de proteção contra a inflação. Como seu valor é atrelado a ativos como o dólar, por exemplo, essas criptomoedas podem oferecer mais estabilidade para pessoas e negócios, em regiões com moedas oficiais muito voláteis.

A análise cita, como exemplo, o caso da Argentina, país consumido por uma hiperinflação. Nesse contexto, as stablecoins despontam como alternativa para proteger as economias e investimentos da desvalorização do peso argentino.

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