Mais da metade dos 50 maiores gestores globais de ativos utiliza a tecnologia blockchain

Relatório semestral da Blockchain Coinvestors revelou que mais da metade dos 50 maiores gestores globais de ativos utilizam a tecnologia blockchain, em diversos tipos de aplicação. A pesquisa, recém-lançada, se refere aos primeiros seis meses deste ano.
O relatório monitora a adoção de finança digitais entre as maiores 50 instituições financeiras do mundo, que gerenciam cerca de US$ 130 trilhões. Segundo o estudo, a maioria tem uma ativa atuação no universo digital, e algumas já emergem como líderes na adoção da blockchain.
Este último levantamento destaca quatro key insights sobre essas organizações:
- Mais de 50% já fornecem ou suportam carteiras, custódia e trading digitais.
- Mais de 40% trabalham com dinheiro digital, como, por exemplo, moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) e stablecoins.
- Mais de 25% são investidores, provedores ou operadores de commodities de ativos digitai/ETFs.
- Cerca de 40% já exploraram a emissão e distribuição de ativos digitais.
Blockchain Coinvestors é um fundo voltado para investimentos de risco e programas de co-investimento, com um portfólio combinado de cerca de 1.250 empresas de blockchain e projetos de criptografia, incluindo 95 unicórnios de blockchain.
Segundo Matthew Le Merle, Managing Partner na empresa, o futuro das finanças é, inevitavelmente, digital. E a maioria dos maiores players do setor financeiro estão desenvolvendo produtos para viabilizar moedas, commodities e ativos nativamente digitais.
Na próxima década, as instituições que liderarem a adoção da tecnologia blockchain vão reconfigurar a confiança e a segurança no sistema financeiro global, afirmou Matthew Le Merle, Managing Partner na Blockchain Coinvestors.
Transição começou há cerca de uma década
De acordo com Topher Nelson, Head de Digital Asset Research na Blockchain Coinvestors, essa transição vem acontecendo há cerca de uma década. Nesse sentido, ele cita casos como o da Fidelity, que lançou publicamente seu braço de ativos digitais em 2018, mas começou a minerar Bitcoin já em 2014 e se tornou parceira da Coinbase em 2016.
Outro caso que ele menciona é o da Blackrock, que já tinha cerca de US$ 400 milhões investidos em mineradoras públicas de Bitcoin. Desde então, segundo Nelson, a empresa já processou bilhões em transações nos seus produtos baseados em blockchain, por meio de parcerias com a Coinbase e a Circle.
Quem largou na frente
O levantamento aponta, ainda, as jurisdições que estão à frente desse movimento. De acordo com o estudo da Blockchain Coinvestors, todos os grandes bancos chineses e a maioria dos japoneses já utilizam e implementam carteiras digitais e moedas digitais, como o Yuan digital.
Além disso, instituições dos Estados Unidos que lideram o setor financeiro, impulsionadas por aprovações de ETFs spot de BTC e ETH, oferecem ou suportam carteiras, custódia e trading digitais, além de algumas formas de ETFs. Paralelamente, também atuam na emissão e distribuição de ativos digitais.
Enquanto isso, na Europa, pilotos de CBDCs estão rapidamente amadurecendo. Paralelamente, cerca de 60% das instituições-líderes suportam carteiras e trading de ativos digitais, ao passo que mais de 40% participam da emissão e distribuição.
O estudo destaca que anúncios como a parceria entre a Blackrock e a Securitize evidenciam essa busca pela tokenização, na medida em que os gestores financeiros percebem os benefícios de uma opção mais rápida, barata e transparente do que os títulos tradicionais.

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