BC revela que stablecoins respondem por 90% do uso de criptomoedas no Brasil
Por mais de uma década, o Cryptonews cobre a indústria de criptomoedas, com o objetivo de fornecer insights informativos aos nossos leitores. Nossos jornalistas e analistas possuem vasta experiência em análise de mercado e tecnologias de blockchain. Nossa equipe se esforça diariamente para manter altos padrões editoriais, focando na precisão factual e na reportagem equilibrada em todas as áreas - desde criptomoedas e projetos de blockchain, até eventos da indústria, produtos e desenvolvimentos tecnológicos. Nossa presença contínua na indústria reflete nosso compromisso em fornecer informações relevantes no mundo em evolução dos ativos digitais. Leia mais sobre o Cryptonews.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, destacou aumento do uso de stablecoins no Brasil nos últimos anos e questionou as razões por trás disso.
Segundo Galipolo, as stablecoins representam 90% do uso de criptomoedas no país. O Banco Central observou, ainda, que os brasileiros utilizam as stablecoins, majoritariamente, como meio de pagamento.
Isso se aplica, principalmente, a compras de produtos de outros países. Apesar de não criticar diretamente a utilização de stablecoins, o presidente do BC ressaltou que essas operações com stablecoins dificultam a fiscalização.
“Essas operações acabam resultando em uma visão mais opaca com relação à taxação e lavagem de dinheiro”, afirmou o executivo. Consequentemente, aumenta a necessidade de regulação do setor cripto no país.
O presidente do BC abordou esses temas durante evento da organização Bank for International Settlements, realizado no México. Sua participação foi repercutida pela agência de notícias Reuters (post a seguir).
Setor cripto cresce no país
O valor das stablecoins é atrelado a ativos tangíveis, a exemplo do dólar. Assim, a volatilidade é bem menor do que no caso de outras criptomoedas.
Esse é um dos motivos pelos quais os brasileiros recorrem a esse tipo de ativo, quando se trata de reserva de valor e envio de remessas.
Isso porque as stablecoins representam uma alternativa mais estável do que o real, em momentos de maior incerteza econômica.
Essa prática é mais comum entre investidores das gerações Millennial e Z. Para muitos deles, as criptomoedas são um caminho para obter independência financeira.
Esse crescente interesse levou o Brasil a ocupar a décima posição em ranking da Chainalysis que mede a adoção global de criptoativos, incluindo, naturalmente, as stablecoins.
Potencial do DREX e do Pix
Nesse contexto, Galipolo enfatizou a importância do Drex, projeto brasileiro de moeda digital de banco central (CBDC).
Segundo ele, não se trata de uma CBDC tradicional, mas de um sistema de pagamento idealizado para melhorar o crédito, por meio de ativos garantidos.
No Brasil, sobretudo, essa funcionalidade ganha relevância diante dos altos custos de financiamento, por conta da limitação de garantias.
O sistema utiliza tecnologia ledger para transações interbancárias no atacado. Enquanto isso, o varejo tem acesso a determinados serviços por meio de depósitos bancários tokenizados.
No evento, Galipolo discutiu não apenas o uso de stablecoins e o desenvolvimento do Drex, mas também o Pix, inovador sistema de pagamentos instantâneos do Brasil.
Segundo ele, o Pix pode permitir a integração com redes internacionais de pagamentos instantâneos, devido à sua programabilidade. Nesse sentido, o sistema poderia facilitar transações transfronteiriças no continente americano.

Leia mais:






