CEO da Tether diz que regras do Brasil para stablecoins limitam a liberdade
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O CEO da Tether, Paolo Ardoino, criticou as novas regras propostas pelo Banco Central do Brasil para stablecoins, afirmando que essas medidas limitam a liberdade financeira da população.
Durante a Plan B Conference, realizada em El Salvador, Ardoino alertou que restrições excessivas podem prejudicar a economia, incentivando o uso de alternativas fora do sistema regulado.
Assim, as novas normas brasileiras foram comparadas às regras do MiCA (Markets in Crypto-Assets), da União Europeia, que impõem exigências rigorosas aos emissores de stablecoins.
Desse modo, segundo Ardoino, tais regulações podem forçar a evasão de capitais, resultando em um mercado informal ainda maior.
“Se o governo tentar controlar totalmente o dinheiro das pessoas, elas buscarão alternativas”, afirmou.
Assim, outro ponto levantado foi a proibição de transferências de stablecoins para carteiras externas, como o MetaMask.
Ardoino acredita que essa medida reduz a autonomia dos usuários e pode gerar efeitos negativos, como ocorreu na Itália, onde a alta regulação incentivou o crescimento do mercado informal.
Stablecoins

O executivo também mencionou o colapso do Silicon Valley Bank em 2023 como um exemplo dos riscos de manter grandes quantidades de dinheiro em bancos sem garantias.
Segundo ele, se um banco não tem liquidez suficiente para cobrir resgates massivos, ele pode falir, gerando um efeito dominó.
Além disso, Ardoino criticou a implantação de Moedas Digitais de Banco Central (CBDCs), argumentando que elas comprometem a privacidade financeira dos cidadãos.
Assim, ele destacou que o melhor caminho para o Brasil é um ambiente regulatório que permita crescimento e inovação, sem impor barreiras desnecessárias.
Como exemplo, citou El Salvador, que adotou uma postura favorável às criptomoedas e tem atraído investimentos.
A Tether domina 80% do mercado brasileiro de stablecoins e participa das discussões com os reguladores para contribuir com sua experiência.
Desse modo, para Ardoino, limitar a liberdade financeira pode ter consequências negativas para a economia.
“Quando governos tentam impor controle total sobre o dinheiro, as pessoas encontram formas de driblar as restrições”, concluiu.

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