Senado criará CPI para investigar operação de bets no Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou a criação de uma CPI com o objetivo de investigar “a crescente influência dos jogos virtuais de apostas online no orçamento das famílias brasileiras”.
Foi a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) quem apresentou o requerimento (RQS 680/2024). Outros 30 senadores apoiaram o projeto. A comissão terá 130 dias para concluir seus trabalhos e contará com 11 membros titulares e sete suplentes.
De acordo com o requerimento, a CPI também investigará a possível associação das bets, plataformas de apostas online, com organizações criminosas, que estariam envolvidas em práticas de lavagem de dinheiro.
Segundo a Agência Senado, a senadora Soraya Thronicke afirmou que a suspeita é que algumas empresas programam os softwares de modo a causar prejuízo para os apostadores. E, desse modo, sempre garantir uma margem exagerada de lucro às empresas.
A CPI analisará, ainda, o uso de influenciadores digitais na promoção e divulgação dessas atividades. Por fim, o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), elogiou a iniciativa de Thronicke.
Comunicado da Agência Senado apontou que, na visão de Randolfe, a questão das apostas online é, além de um problema econômico para as famílias, um grave problema social e um problema de saúde pública. De acordo com ele, a CPI é uma resposta do Senado à sociedade brasileira sobre o impacto das bets e os problemas que representam.
Na mira do governo
As bets, plataformas de apostas virtuais, vêm sendo alvo de uma série de medidas do governo brasileiro. Recentemente, o Ministério da Fazenda declarou que vai bloquear o acesso a 600 bets que operam de forma irregular no Brasil.
Além disso, o IBGE incluiu o tema na edição deste ano da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que vai a campo a partir de 5 de novembro. Segundo a Agência Brasil, a POF avaliará os gastos dos brasileiros com plataformas de apostas online.

Leia mais:






