Preço do Bitcoin desaba, dólar dispara e outros destaques da semana
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O mercado de criptomoedas viveu uma semana conturbada, com o preço do Bitcoin e de outras moedas caindo após notícias dos Estados Unidos.
O Bitcoin passou a valer menos de US$ 100.000 depois que o Fed (Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos) anunciou que os próximos cortes de juros serão menores. Portanto, sinalizou para uma posição mais conservadora em relação ao estado da economia do país.
No Brasil, a cotação do dólar disparou e a bolsa de valores desabou. Afinal, os agentes econômicos reagem não apenas ao que ocorre nos EUA, mas também às discussões sobre o pacote fiscal do governo federal.
Veja a seguir um resumo dos principais eventos da semana:
- Mercado cripto cai após sinalização do Fed sobre juros nos EUA
- Presidente do Fed descarta reserva de Bitcoin e contraria Trump
- Cotação do dólar dispara e bolsa cai no Brasil
- Reforma Tributária avança no Congresso
Setor cripto cai após sinalização do Fed sobre juros nos EUA
O mercado de criptomoedas sofreu um baque com o anúncio de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, realizará menos cortes de juros em 2025. Ou seja, os juros deverão acabar o próximo ano em um patamar acima do esperado anteriormente. E isso acaba sendo ruim para ativos de risco — como os criptoativos.
Um dos efeitos foi a queda do Bitcoin (BTC), que voltou a ficar abaixo de US$ 100.000. Nesta sexta-feira, a moeda chegou a valer US$ 93.500. No entanto, voltou a se recuperar e operava acima de US$ 96.500 no início da tarde.
Outras moedas, além do Bitcoin, sofreram o impacto da decisão do Fed. Por exemplo, o Ethereum (ETH) bateu na marca dos US$ 3.100, enquanto o Solana (SOL) ficou abaixo de US$ 180. No entanto, assim como ocorreu com o BTC, ambas as moedas já se recuperavam à tarde.
Presidente do Fed descarta reserva de Bitcoin
Nesta semana, o Fed trouxe outra notícia que desagradou aos investidores — especialmente, aqueles que investem em Bitcoin. O presidente do órgão, Jerome Powell, afirmou que não tem permissão para deter BTC. Aliás, a declaração ocorreu quando Powell explicava a decisão sobre os juros, aumentando a carga dramática para o mercado cripto.
Essa fala teve uma recepção ruim porque contraria as especulações de que o governo Trump criaria uma reserva nacional com a criptomoeda. Aliás, o próprio presidente eleito dos Estados Unidos vinha acenando com essa possibilidade desde a época de campanha. Resta saber se o futuro governo levará adiante leis que viabilizem a promessa.
Cotação do dólar dispara e bolsa cai no Brasil
A decisão do Fed também é um dos fatores por trás da disparada do dólar e da queda da bolsa de valores no Brasil esta semana. Afinal, juros mais altos nos EUA acabam atraindo mais investimento para o país, em detrimento de economias como a do Brasil. Isso também faz com que haja uma apreciação do dólar frente ao real.
Na quinta-feira (19/12), o Ibovespa, principal índice da B3, chegou próximo dos 120.000 pontos. Além disso, a cotação do dólar chegou aos R$ 6,29 na quarta-feira (20/12), maior valor nominal da história. No entanto, tanto a bolsa brasileira quanto o real se recuperavam na sexta-feira, graças à intervenção do Banco Central e a expectativas sobre o ajuste fiscal.
Reforma Tributária avança no Congresso
Após uma tramitação conturbada, a Reforma Tributária finalmente foi aprovada no Senado. Uma das principais iniciativas do governo Lula na área econômica até o momento, ela prevê a unificação de impostos e isenções específicas em alguns setores. Agora, segue para avaliação da Câmara dos Deputados.
Uma das novidades é a tributação do mercado de criptomoedas, incluindo, naturalmente, o Bitcoin. Além disso, a reforma prevê a taxação sobre casas de apostas online. Esses são dois setores que estão em processo de regulamentação no país.
Ao mesmo tempo, caminha no Congresso a proposta de um pacote do governo federal, que visa diminuir o déficit fiscal. Em grande medida, a alta do dólar e a queda da bolsa têm relação com as discussões sobre essa iniciativa do governo. Afinal, há bastante desconfiança em relação a uma possível desidratação das medidas pelo Legislativo.
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