EUA fecham rede de lavagem de dinheiro com cripto da Coreia do Norte

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O Departamento do Tesouro dos EUA acusou dois indivíduos e uma entidade por lavagem de fundos ilícitos para agentes norte-coreanos.
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Flavio Aguilar
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Marta Stephens
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O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA acusou dois indivíduos e uma entidade por lavagem de fundos ilícitos para agentes da Coreia do Norte.

A rede era comandada por um agente norte-coreano que já havia sofrido sanção. Por meio de conversões em criptomoedas, ela apoiava programas de armas de destruição em massa (ADM) e mísseis balísticos da Coreia do Norte.

EUA congelaram milhões em fundos ilícitos

O Departamento do Tesouro anunciou na terça-feira (17/12) que havia desmantelado o esquema. No entanto, até isso ocorrer, a rede permitiu ao regime norte-coreano limpar milhões de dólares.

A rede envolvia uma empresa de fachada nos Emirados Árabes Unidos e dois cidadãos chineses, que a Coreia do Norte usava como laranjas para operar criptomoedas e escapar de sanções.

De acordo com o Tesouro, os cidadãos chineses Lu Huaying e Zhang Jian operavam por meio de uma empresa de fachada com sede nos Emirados Árabes Unidos. Com o nome de Green Alpine Trading, LLC, ela sacava criptomoedas por meio de operações fraudulentas e crimes cibernéticos.

Por isso, o governo dos EUA adicionou a Green Alpine Trading à sua lista negra de sanções. Além disso, sancionou Lu Huaying e Zhang Jian, que faziam parte do esquema desde 2022.

Segundo o Tesouro, um agente norte-coreano, Sim Hyon Sop, teria comandado a lavagem de fundos provenientes de “esquemas ilícitos de geração de receita”.

De sua base na China, Sim supervisiona diferentes esquemas que disfarçam fundos ilícitos, usando criptomoedas e cúmplices em diferentes países para movimentar o dinheiro.

O OFAC relata que, desde o início de 2022, Lu Huaying desempenhou um papel fundamental na conversão de criptomoedas em moeda fiduciária. Afinal, operacionalizava “mulas” de dinheiro e saques.

Até setembro de 2023, Lu facilitou a lavagem de milhões de dólares em nome de Sim. Em seguida, os fundos permitiam a compra de bens e serviços para a Coreia do Norte.

Zhang Jian também auxiliou na troca de moeda fiduciária. Além disso, atuou como representante de Sim em diversas operações.

Já a Green Alpine Trading forneceu suporte financeiro e logístico à rede da Sim, permitindo a movimentação de fundos ilícitos. Por isso, acabou recebendo sanções também.

Emirados Árabes Unidos ajudaram a desmantelar o esquema

Os Emirados Árabes Unidos desempenharam um papel importante para derrubar a rede, conforme o comunicado de imprensa do Departamento do Tesouro.

No entanto, a situação dos indivíduos que receberam sanções, Lu Huaying e Zhang Jian, permanece incerta.

A Coreia do Norte ganhou notoriedade como um dos atores estatais mais agressivos em crimes envolvendo criptomoedas. Afinal, autoridades dos EUA já acusaram agentes norte-coreanos de roubar bilhões de dólares em criptomoedas para apoiar as ambições nucleares do país.

No entanto, para que esses ativos digitais se tornem úteis, a Coreia do Norte precisa converter as criptomoedas em moeda fiduciária tradicional. Por isso, costuma recorrer a esquemas de lavagem de dinheiro como o que o Tesouro norte-americano acabou de derrubar.

Segundo a empresa de segurança cibernética Recorded Future, hackers norte-coreanos roubaram mais de US$ 3 bilhões em criptomoedas entre 2017 e 2023.

Casos recentes incluem o do Liquid Staking Module, da Cosmos, que teria participação de desenvolvedores norte-coreanos. De acordo com alerta do FBI, o esquema funciona por meio de falsas ofertas de emprego, que contêm malware.

Até mesmo o Brasil já se tornou alvo dos hackers norte-coreanos. Afinal, empresas cripto brasileiras sofreram com ataques do grupo Pukchong este ano.

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