Portugal tem primeiro fundo com exposição total a criptomoedas

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Unbound Fund pode ser o prenúncio de uma expansão do setor cripto no país
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Flavio Aguilar
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Daniela de Lacerda
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O mercado português de criptomoedas ainda não tem a mesma variedade de produtos financeiros que se encontra em outros países. No entanto, o surgimento do Unbound Fund, primeiro fundo de investimento local com exposição total a criptos, pode ser o prenúncio de uma expansão desse setor.

O registro do fundo junto à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ocorreu em julho. Em seguida, em outubro, o Unbound Fund começou a funcionar, segundo informações do Jornal Expresso.

O criador do fundo, Alessandro Palombo, mencionou como um de seus atrativos a elegibilidade para obter uma Autorização de Residência para Investimento (ARI).

A ARI, popularmente conhecida como “visto gold”, destina-se a cidadãos estrangeiros — no caso, de fora do Espaço Schengen. A condição é que os interessados invistam, pelo menos, € 500 mil. No entanto, há uma boa “recompensa”. Afinal, esse visto abre a possibilidade de obtenção da nacionalidade portuguesa.

Nas redes sociais, Palombo busca capitalizar em cima desse possível benefício com uma frase bem direta: “Detenha Bitcoin e obtenha a nacionalidade portuguesa”.

Fundo tem exposição total a criptos

A exposição total a criptomoedas é o principal diferencial do Unbound Fund. Afinal, já existia em Portugal um fundo exposto a esse mercado, mas a exposição não chega a 100% nesse caso. Trata-se do fundo 3CC, da sociedade de risco “3 Comma Capital”.

A exposição do 3CC é de 15% a criptomoedas. Além disso, o fundo tem 15% de exposição a ações dos Estados Unidos, além de 70% a empresas portuguesas.

Por outro lado, o Unbound Fund está totalmente ligado ao mercado cripto. Segundo Palombo, o fundo busca investir em empresas com potencial de crescimento na indústria de blockchain, que estão envolvidas em atividades como pesquisa, investimento, mineração, desenvolvimento de blockchain e de software.

A liquidez das empresas nas quais o fundo se baseia vem de criptoativos como a Bitcoin. O objetivo do fundo é arrecadar US$ 30 milhões em financiamento. Ele está sendo gerenciado pela empresa Green One Capital.

A CMVM é a entidade responsável por supervisionar o fundo, tendo inclusive o poder de se opor à sua constituição.

Já o presidente da Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas, Nuno Lima da Luz, revelou que há outros fundos com exposição a criptoativos sendo estudados no momento. E tudo isso teria relação com o “aumento exponencial de apetite pelos investidores”, segundo Luz.

Portugal não definiu órgão supervisor de criptomoedas

Ao mesmo tempo em que surgem novos produtos com foco em criptomoedas no país, Portugal ainda tem algumas lições de casa importantes pela frente.

Por exemplo, desde a segunda-feira (30/12), o mercado europeu de criptos passou a ser regulado de maneira uniforme em todos os países da União Europeia.

Portanto, apenas as plataformas que atenderem às novas regras poderão atuar como intermediárias na compra e venda de criptomoedas.

No entanto, Portugal ainda não definiu qual órgão será a autoridade responsável por supervisionar esse mercado. Por enquanto, os dois principais candidatos são o Banco de Portugal e a CMVM. Também há a possibilidade de ambos atuarem nessa função.

Por enquanto, mesmo com o regulamento europeu já em vigor, o cenário é incerto em Portugal. Afinal, as empresas ainda não estão aptas a cumprir os requisitos, uma vez que não há uma entidade responsável pela supervisão do mercado. Mesmo assim, até o momento, há 16 organizações interessadas em operar no país.

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