Conheça cinco histórias cripto entre as mais bizarras e divertidas de 2024

Como fim de ano é sempre época de balanço, que tal revisitar algumas as mais divertidas histórias do setor cripto neste ano? Selecionamos algumas, incluindo algumas bizzarras notícias. Vamos lá?
Os infames cliques do Hamster Kombat
Algo que realmente marcou 2024 foi e levou o universo cripto à loucura foi o Hamster Kombat. O jogo de Telegram prometia recompensas aos jogadores que clicassem furiosamente em uma tela, todos os dias durante semanas.
Nada divertido, aparentemente. No entanto, a promesa de um futuro airdrop fez com que a base de usuários chegasse a 300 milhões.
Como resultado, a compra de “massage guns” (equipamentos de massagem) aumentaram 179% na Rússia. Isso porque essas ferramentas podem aumentando as habilidades para clicar repetidamente na tela.
Quando finalmente chegou a hora do airdrop, 2,3 milhões de usuários que trapacearam foram desqualificados. Por outro lado, os que continuavam no páreo ficaram furiosos.
Um post no Reddit dizia: “Depois de lutar pelo que pareceu uma eternidade, recebi 13,80 euros. Nunca deveria ter perdido meu tempo com isso”.
Em resumo, a popularidade do Hamster Kombat foi curtíssima, e a base de usuários caiu mais de 80%, chegando a 41 milhões em novembro.
O fenômeno DOGE
Depois da eleição presidencial nos Estados Unidos e da vitória do republicano Donald Trump, eis que ele anuncia a criação de um departamento chamado DOGE, que vai ser liderado por Elon Musk.
Na nova administração, a sigla DOGE equivale a Department of Government Efficiency (algo como Departamento de Eficiência do Governo).
No universo cripto, DOGE é uma moeda meme que ganhou um grande impulso de Musk em 2020 e 2021 e registrou um aumento de preço de US$ 0,005 para US$ 0,74. O ativo ainda é um dos principais do setor cripto, por sinal.
Embora Musk não tenha postado muito sobre o setor cripto nos últimos tempos, sua timeline foi inundada por memes DOGE novamente.
Vamos ver como isso vai se desenrolar em 2025.
O golpe do adolescente
Outro episódio marcante no ecossistema cripto ocorreu na plataforma pump.fun, na qual qualquer pessoa pode criar sua própria criptomoeda com apenas alguns cliques.
Pode ser considerado divertido por alguns, mas, por outro lado, estamos falando de um golpe, que prejudicou um monte de gente.
Em novembro, um adolescente de 15 anos lançou um token chamado QUANT, apresentou uma live, mobilizou entusiastas criptos e… puxou o tapete deles.
Ele ganhou cerca de US$ 50.000 com um esquema de rug pull, que consiste, basicamente, em inflar bastante um token (ou mais) e depois simplesmente sair do projeto, deixando os demais proprietários no prejuízo – uma vez que o preço despenca.
Só que esse caso tem um twist. A comunidade cripto se vingou ao aumentar os volumes de negociação. Desse modo, se o adolescente tivesse mantido seus tokens, eles valeriam nada menos que US$ 4 milhões.
O documentário sobre Satoshi
Em outubro, a HBO anunciou que iria revelar a verdadeira identidade do criador do Bitcoin, conhecido pelo pseudônimo de Satoshi Nakamoto, lenda no universo cripto.
Quando foi lançado, o documentário “Money Electric: The Bitcoin Mistery” alegou que Satoshi é o desenvolvedor de Bitcoin Peter Todd.
Porém, de uma maneira geral, o filme não convenceu a comunidade cripto. Além disso, críticos acusaram o documentário de colocar pessoas inocentes em risco.
Isso porque o Satoshi real controla um montante de Bitcoin no valor de US$ 74,4 bilhões. O próprio Todd logo negou ser Satoshi e adotou medidas de segurança.
Por outro lado, Cullen Hoback, o diretor do doc, mantém seus argumentos.
E a Microsoft rejeitou o Bitcoin
Em bull runs anteriores, entusiastas cripto ficaram doidos para saber se grandes varejistas iriam começar a aceitar o Bitcoin como meio de pagamento.
Atualmente, a conversa mudou. O que se questiona é quais grandes empresas vão seguir os passos da MicroStrategy e fazer compras massivas de Bitcoin.
No caso da Microsoft, o que aconteceu foi que a companhia deixou seus acionistas votarem sobre essa questão. Porém, o Conselho da empresa recomendou intensamente que a firma não aderisse ao BTC, argumentando que essa classe de ativos já tinha sido considerada.
No fim das contas, 99,45% se posicionaram contra a aquisição de BTC e a inclusão da criptomoeda no patrimônio da empresa. Para se ter uma ideia, isso representa 5.148 bilhões de votos, contra apenas 28,2 milhões a favor.
Em suma, foi uma derrota escancarada. E um sinal de que o Bitcoin, e o setor cripto de maneira geral, ainda tem um longo caminho a percorrer antes de vencer as maiores instituições – mesmo depois de algum progresso nesse sentido.
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