Não estão comprando Bitcoin: mercado cripto cai 30% no Brasil

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O mercado de Bitcoin e criptomoedas no Brasil enfrenta um cenário de forte retração, apontam dados do Biscoint.
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Cassio Gusson
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Pedro Augusto
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O mercado de Bitcoin e criptomoedas no Brasil enfrenta um cenário de forte retração, com queda expressiva no volume negociado e nos preços do Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).

Dados da plataforma Biscoint apontam que o mercado nacional sofreu uma redução significativa entre janeiro e fevereiro de 2025, refletindo menor interesse dos investidores e um momento de cautela no setor.

Em janeiro de 2025, o total negociado no Brasil foi de 10.962 BTC, movimentando R$ 6,66 bilhões. Já em fevereiro, os números caíram para 8.600 BTC, com um volume de R$ 4,70 bilhões, representando uma queda de 29,4% no valor em reais.

A média diária negociada também recuou de R$ 214,76 milhões para R$ 167,83 milhões, uma redução de aproximadamente 13%. O preço médio do Bitcoin caiu 10%, saindo de R$ 607.350 em janeiro para R$ 546.430 em fevereiro.

Esse movimento sugere que os investidores estão menos ativos no mercado, possivelmente por conta da desvalorização dos ativos e da volatilidade crescente.

Desvalorização do Bitcoin

A cotação do BTC-BRL registrou fortes oscilações. Em janeiro, o Bitcoin abriu a R$ 582.001 e fechou em alta, a R$ 597.590. No entanto, fevereiro trouxe uma tendência de queda acentuada, fechando em R$ 499.201, com uma mínima de R$ 460.000, marcando uma queda de 16,46% no mês.

Esse cenário foi impulsionado por liquidações massivas no mercado futuro, que pressionaram ainda mais os preços para baixo. A alta alavancagem continua sendo um fator de risco, levando a oscilações bruscas e liquidando milhões de dólares em posições abertas.

Mudança nas exchanges

A Binance segue como líder no mercado brasileiro, mas perdeu participação, caindo de 44,9% em janeiro para 41,3% em fevereiro. Enquanto isso, corretoras brasileiras ganharam espaço, como a Bity (15,8%) e Mercado Bitcoin (15,3%), que aumentaram sua presença no setor.

Essa mudança indica que investidores locais estão buscando alternativas nacionais, possivelmente por vantagens fiscais, tributárias e melhor adaptação ao cenário regulatório brasileiro.

Em março, o Bitcoin sofreu uma queda de 9% em um único dia, sendo negociado abaixo de US$ 83.000, o que resultou em US$ 978 milhões em liquidações no mercado futuro. O Ethereum também sofreu grande pressão, com um investidor na MakerDAO quase tendo sua posição de US$ 126 milhões liquidada.

Desse modo, esse fenômeno gera um efeito cascata, forçando traders a venderem suas posições e ampliando ainda mais a volatilidade do mercado.

O que esperar para março?

O mercado pode entrar em um período de consolidação, mas a liquidez ainda deve permanecer reduzida, já que investidores demonstram cautela. A recomendação é acompanhar os níveis de suporte do Bitcoin e Ethereum, além de gerenciar riscos para evitar perdas significativas.

De acordo com Israel Buzaym, Diretor de Comunicação do Bitybank, o momento pode ser uma oportunidade de compra para quem investe no longo prazo:

“Os fundamentos do Bitcoin seguem sólidos. Para quem já investe com aportes regulares, este pode ser um bom momento para continuar acumulando. Outras criptomoedas, como ETH, SOL, UNI, AAVE e AVAX, também podem oferecer boas oportunidades após as quedas recentes.”

Com o mercado fragilizado, os próximos meses serão decisivos para definir a recuperação ou a continuação da queda das criptomoedas no Brasil.

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