Confira os principais insights do State of Crypto Summit
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A resiliência e o crescimento do ecossistema cripto foram destaques do State of Crypto Summit, realizado pela Coinbase e pelo Financial Times, nos Estados Unidos, há algumas semanas.
O evento reuniu cerca de 400 investidores, reguladores, profissionais da imprensa e líderes tanto da indústria cripto como de tradicionais serviços financeiros. Tendo como principal objetivo, debater oportunidades de crescimento e desafios envolvendo o universo cripto.
Três temas emergiram como principais insights, envolvendo a resiliência do ecossistema cripto, a adesão ao setor por meio de usos práticos e a concorrência global entre grandes players financeiros para se posicionarem como hubs cripto.
O Summit contou ainda com a participação de líderes de instituições como BlackRock, Fidelity, Franklin Templeton, Brookings Institute, Ribbit Capital e Union Square Ventures. Além disso, organizações ligadas à regulação desse setor também marcaram presença nas discussões.
Em resumo, o evento mostrou que, acima de tudo, instituições que são referências globais estão focadas na inovação que o setor cripto pode trazer para o sistema financeiro. E, com isso em vista, estão moldando a nova geração de soluções baseadas na tecnologia blockchain.
Confira, a seguir, os três principais insights do evento. O conteúdo completo do Summit está disponível no YouTube.
1. O sistema cripto é bastante resiliente
Segundo relatório da Coinbase sobre o evento, há um entendimento de que o ecossistema cripto segue em construção e geração de oportunidades. É tempo de criar. E essa sensação permeia desde empresas cripto nativas a tradicionais companhias de serviços financeiros.
Como exemplo, a Coinbase apontou o painel “Powering the Future of Financial Services”, em que Greg Tusar, Head of Institutional Product da empresa, se juntou Roger Bayston, da Franklin Templeton, Cynthia Lo Bessette, da Fidelity, e Joseph Chalom, da BlackRock. O grupo abordou a aceleração de grandes projetos em desenvolvimento no ecossistema cripto.
“O que está passando pela cabeça das pessoas é: ‘Não quero ficar para trás'”, afirmou Greg Tusar, da Coinbase, referindo-se à abundância de projetos lançados neste ano.
Outro debate, com a participação de Brian Armstrong, CEO da Coinbase, e Alesia Haas, CFO da empresa, também ecoou esse sentimento. A sessão destacou, especialmente, como grandes instituições financeiras estão rapidamente aderindo ao universo cripto, de modo a se preparar para as próximas ondas de adesão a esse mercado.
Conforme apontado no evento, esse é um movimento estimulado pela tokenização. Uma ampla gama de grandes instituições participantes do painel sobre serviços financeiros já lançaram fundos tokenizados. Além disso, seus representantes estimam uma crescente tokenização nas mais diversas classes de ativos.
Joseph Chalom, Managing Director da BlackRock, foi taxativo ao afirmar que o impacto de longo prazo dessa tecnologia será monumental – e que pode estar sendo subestimado.
2. Casos concretos estão estimulando a adesão
Armstrong, da Coinbase, fez questão de enfatizar que, atualmente, cripto é muito mais do que uma classe de ativos. E que a tecnologia blockchain vem ajudando a gerar valor nos mais diversos setores.
Como exemplo, o executivo citou que 52% das 100 maiores empresas da lista da Fortune vêm trabalhando com projetos relacionados a cripto, blockchain ou Web3, desde 2020. Os dados são de pesquisa realizada em parceria com The Block.
Além disso, o estudo mostrou que 83% dos executivos das 500 maiores empresas da lista da Fortune familiarizados com criptomoedas e blockchain revelaram que as companhias nas quais atuam já tem iniciativas nessas áreas ou estão planejando desenvolver.
“Muita gente ainda vê cripto como um ativo para especular. Mas há várias outras coisas sendo feitas com cripto”, afirmou Armstrong. “Essa é a melhor tecnologia para oferecer direitos básicos de propriedade, livre comércio e estabilidade de moedas para todos no mundo”, defendeu.
O executivo apontou, particularmente, stablecoins, DeFi e NFTs como áreas em que o setor cripto vem entregando valor real atualmente.
3. Há uma corrida para se posicionar como hubs cripto
Mais uma das constatações do Summit foi de que, diante dos crescentes usos de cripto, há uma espécie de competição global para regular e estimular a inovação nessa área.
Porém, se destacou que há uma certa divisão com relação à abordagem adota pelos Estados Unidos com relação a outros países.
Nos Estados Unidos, a conversa estaria mais focada em commodities/segurança. Outras nações, no entanto, estariam buscando formas de ajustar a regulação financeira para acomodar essa nova tecnologia.
Em um painel sobre inovações globais referentes ao ecossistema cripto, Peter Kerstens, representante da Comissão Europeia, afirmou que a abordagem local busca fornecer um claro framework para integrar a atividade de forma regulamentada na União Europeia.
Essa é a atitude defendida pela Coinbase como referência, no sentido de criar produtos confiáveis no sistema financeiro, que contribuam para a expansão da utilidade e adoção das criptomoedas. Isso porque, destaca a empresa, as tecnologias cripto e blockchain têm a habilidade de ampliar a liberdade e as oportunidades econômicas em todo o mundo.
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