BaseBros Fi deleta site e redes sociais e desaparece com fundos de clientes

Blockchain DeFi Segurança
Segundo investigações iniciais, o projeto explorou um contrato inteligente não-auditado e drenou os fundos dos usuários.
Last updated:
Author
Author
Daniela de Lacerda
Fact Checked by
Author
Marta Stephens
Last updated:
Por que confiar em nós?

Por mais de uma década, o Cryptonews cobre a indústria de criptomoedas, com o objetivo de fornecer insights informativos aos nossos leitores. Nossos jornalistas e analistas possuem vasta experiência em análise de mercado e tecnologias de blockchain. Nossa equipe se esforça diariamente para manter altos padrões editoriais, focando na precisão factual e na reportagem equilibrada em todas as áreas - desde criptomoedas e projetos de blockchain, até eventos da indústria, produtos e desenvolvimentos tecnológicos. Nossa presença contínua na indústria reflete nosso compromisso em fornecer informações relevantes no mundo em evolução dos ativos digitais. Leia mais sobre o Cryptonews.

O BaseBros Fi simplesmente desapareceu, deixando os usuários sem acesso aos seus investimentos. Calcula-se que a perda foi de US$ 130 mil. O protocolo de finanças descentralizadas (DeFI) operava na blockchain Base, com o objetivo de otimizar rendimentos.

Site e redes sociais do projeto sumiram na última-sexta-feira, dia 13. Segundo investigações iniciais, o projeto explorou um contrato inteligente não-auditado. Como resultado, isso permitiu drenar os fundos dos usuários. Os autores da manobra usaram o mixer de criptomoedas Tornando Cash para se apropriar dos US$ 130 mil.

Como o BaseBros Fi furtou os usuários?

O protocolo tinha cerca de 2 mil seguidores no X e mais de 3 mil membros no Telegram. Antes do golpe, o BaseBros Fi promovia recursos para otimizar rendimentos e oferecia altos retornos na blockchain Base.

A Chain Audits realizou a auditoria de parte da operação do BaseBros Fi. Porém, embora quatro contratos tenham sido aprovados na inspeção, um deles não foi incluído na auditoria. Exatamente o Vault, elemento central no furto.

Isso porque o Vault tinha uma backdoor escondida, que permitiu manipular o sistema e retirar da plataforma os fundos dos usuários.

De acordo com empresas de Segurança Blockchain, golpistas primeiramente transferiram os ativos furtados para rede Ethereum e, em seguida, para o misturador de criptomoedas Tornado Cash. Recentemente, o mixer foi associado a vários casos de lavagem de dinheiro.

Protocolo Seamless não foi afetado

Inicialmente, se pensou que o protocolo DeFi Seamless, mais um que opera na blockchain Base, também teria sido comprometido.

No entanto, essa hipótese foi descartada pelos investigadores do caso. De acordo com ele, não houve nenhum ataque ao Seamless.

A confusão teria se dado por títulos de contrato parecidos, usados pelo BaseBros Fi e pelo Seamless. Mas logo foi esclarecida. Ou seja, os usuários do Seamless não sofreram nenhuma perda.

Falhas de segurança na comunidade DeFi

O caso BaseBros Fi representa mais um alerta para os usuários do setor de finanças descentralizadas, principalmente os mais novos, sobre os riscos inerentes aos investimentos em criptomoedas.

A oferta de altos rendimentos frequentemente cega os investidores para potenciais falhas de segurança, bem como de possíveis golpes atrelados a esse ecossistema.

Empresas que atuam com segurança blockchain reforçam a orientação aos usuários sobre os cuidados necessários ao se engajar em um projeto de finanças descentralizadas. Principalmente aqueles que não apresentam auditorias completas e devidamente verificadas.

Golpes milionários

O chamado rug pull é um dos golpes mais conhecidos no cenário cripto, e consiste exatamente em casos como o do BaseBros Fi. Em outras palavras, os criadores do projeto promovem o ativo, arrecadam fundos, e, em seguida, somem com tudo e deixam os clientes sem nada.

Esse e outros golpes similares levaram a perdas de mais de US$ 765 milhões no ano passado, segundo dados da Quantstamp, que atua no setor de Segurança Blockchain.

Entre as manobras mais comuns, estão tokens que vivem menos de um dia, em golpes conhecidos como “one-day rug pulls”. Ou seja, esses tokens são cunhados, divulgados, comprados e furtados em apenas 24 horas.

Infelizmente, as corretoras de criptomoedas ainda são alvos prioritários para hackers que buscam furtar fundos dos investidores. Relatório da Chainalysis registrou um crescimento de 2,8% em ataques hacker neste ano. Conforme o levantamento, o total de criptomoedas furtadas chegou a US$ 1,58 bilhão até o meio de 2024. Isso representa um preocupante aumento de 84%.

Entre os países bastante afetados por esse tipo de ataque está o Japão. Como resultado, caiu a confiança dos investidores no setor cripto. Plataformas japonesas, como bitFlyer, enfrentaram ataques sofisticados, incluindo phishing e golpes ligados à inteligência artificial generativa.

Diante de crescentes e cada vez mais complexas ameaças, exchanges cripto reforçam a colaboração com órgãos da polícia e buscado implantar mais e mais modernas medidas de segurança.

Leia mais:

Mais Artigos

Noticias
440 pessoas movimentaram trilhões em golpes de cripto, diz estudo
Anderson Mendes
Anderson Mendes
2025-03-26 17:00:00
Finance News
Criptomoedas ganham espaço e latino-americanos querem se livrar dos bancos
Cassio Gusson
Cassio Gusson
2025-03-26 16:00:00
Crypto News in numbers
editors
Authors List + 66 More
2M+
Usuários Ativos pelo Mundo
250+
Guias e Avaliações
8
Anos no Mercado
70
Equipes Internacionais de Autores