Telegram entrega novos dados exigidos pelos EUA, após prisão de CEO

O Telegram entregou, supostamente, dados referentes a 900 solicitações de autoridades dos Estados Unidos sobre usuários do app, em 2024. São informações como endereços de IP e telefones de usuários, por exemplo.
Trata-se de uma expressiva mudança na postura da empresa com relação a esse tipo de pedido. Em outras palavras, o Telegram tem sido mais cooperativo após a prisão do CEO da companhia, Pavel Durov, na França.
Durov foi detido em agosto de 2024, por autoridades francesas, por conta de alegações de que o Telegram facilitava atividades criminais. A companhia não estaria prevenindo devidamente a ocorrência de atividades ilegais na plataforma.
Durov afirmou, no entanto, que a empresa fornecia dados solicitados pelas autoridades desde 2018. E fez um post no X dizendo que ainda estava tentando entender o que aconteceu na França.
O CEO do Telegram pagou fiança e saiu da prisão, mas não pode deixar a França, enquanto a investigação continuar.
Identificação e bloqueio de atividades suspeitas
Apesar desses incidentes, a popularidade do Telegram segue bem, e o aplicativo tem uma média mensal de cerca de 950 milhões de usuários ativos.
Em outubro do ano passado, a empresa divulgou que iria estabelecer um escritório local no Cazaquistão. A decisão do Telegram seria parte de um esforço maior da companhia para atender a questões regulatórias.
Na época, o ministro Zhaslan Madiyev afirmou que a iniciativa representava um passo importante para aumentar o controle e monitorar o conteúdo da plataforma.
Desde a prisão do CEO da companhia, o Telegram vem adotando várias medidas no sentido de compartilhar informações de usuários solicitadas pelas autoridades.
Além disso, a plataforma comunicou que fez atualizações importantes no seu mecanismo de busca e removeu conteúdos problemáticos. A empresa estaria usando inteligência artificial para identificar e bloquear materiais ilícitos.
Golpes digitais
Outro problema que envolve o Telegram (e outras plataformas digitais) atualmente, é a vulnerabilidade a golpes cibernéticos, que vêm se tornando cada vez mais sofisticados.
A plataforma de segurança blockchain Scam Sniffer identificou recentemente novos esquemas que usavam bots do Telegram para atingir usuários de criptomoedas.
Os criminosos estão utilizando falsos bots de verificação para introduzir malware e, dessa forma, ganhar acesso às carteiras cripto das vítimas. Para aplicar o golpe, eles usam contas falsas no Telegram, se fazem passar por influenciadores e recorrem a um bot chamado OfficiaISafeguardBot.

Leia mais:






