Worldcoin apresenta piloto da tecnologia Face Auth

A empresa Worldcoin, que atua no setor de criptomoedas e identidade digital, apresentou o piloto da tecnologia Face Auth, nova medida de segurança para o seu protocolo de identidade World ID.
Segundo a companhia, o recurso exigirá que usuários da carteira digital World App verifiquem sua World ID para poder acessá-la. O objetivo, de acordo com a Worldcoin, é garantir mais segurança e proteção contra fraudes.
Em resumo, a tecnologia Face Auth compara uma selfie às imagens previamente capturadas e armazenadas no telefone do usuário durante a verificação. Tudo é realizado no próprio dispositivo (veja vídeo a seguir).
De acordo com comunicado da empresa, a nova camada de segurança coloca nas mãos dos proprietários de World IDs o controle sobre suas informações pessoa (incluindo a selfie), ao armazená-las em seus telefones, usando suas chaves criptografadas.
A empresa almeja criar a maior rede financeira e de identificação do mundo. E sua carteira digital World App já conta com cerca de 15 milhões de usuários globalmente.
Acusações e investigações
Enquanto desenvolve novos produtos e aumenta sua popularidade, a Worldcoin também tem sido alvo de críticas e investigações de unidades de combate a crimes cibernéticos.
Isso porque a companhia oferece tokens em troca de escanear a íris das pessoas, sendo acusada de coletar informações extremamente sensíveis e colocar em risco a segurança e a privacidade dos indivíduos.
Além disso, a empresa estaria instalando seus centros em regiões de baixa renda e, dessa forma, tirando vantagem da pobreza da população. A companhia enfrentou essa acusação recentemente na Argentina, onde anunciou a intenção de abrir 50 centros Worldcoin, em mais de 10 cidades do país.
A companhia teriam escaneado a íris de mais de meio milhão de argentinos em apenas 10 meses. O país atravessa uma alarmante recessão, e é nesse cenário que a empresa oferece às pessoas a possibilidade de adicionar cerca de US$ 80 em tokens à sua carteira digital, em troca de escanear a íris.
O cenário se tornou ainda mais preocupante quando surgiu na Argentina uma indústria não oficial de revenda do token da Worldcoin, WLD. Isso fez com que muitos detentores de WLD trocassem suas moedas por esmolas fiduciárias, geralmente a 50% de seu valor de mercado.
Por outro lado, nações como Quênia, Espanha e Portugal chegaram a exigir a suspensão da coleta de dados biométricos durante investigações sobre suas práticas.

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