Mineração de Bitcoin consome mais energia do que toda a população da Polônia

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Mineração de Bitcoin já consome mais eletricidade do que países como Polônia e Malásia. Especialistas alertam para risco ambiental.
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A mineração de Bitcoin atingiu um marco: seu consumo anual de eletricidade supera o de países inteiros, incluindo a Polônia.

De acordo com dados do Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI), a rede Bitcoin consome aproximadamente 175,87 terawatts-hora (TWh) por ano. Enquanto isso, a Polônia, com cerca de 38 milhões de habitantes, consome menos eletricidade anualmente, 158 TWh.

Além disso, o estudo aponta que o Bitcoin aparece à frente de ao menos 24 países em consumo elétrico anual. Países como Paquistão, Noruega, Emirados Árabes Unidos, Suécia, Filipinas, Finlândia e Bélgica também ficam abaixo da marca energética consumida pela mineração.

Esse consumo massivo de energia levanta preocupações ambientais significativas. A maior parte da eletricidade utilizada na mineração de Bitcoin provém de fontes fósseis, aumentando as emissões de carbono e contribuindo para as mudanças climáticas.

Além disso, a mineração de Bitcoin gera uma quantidade considerável de resíduos eletrônicos, estimada em 48,36 mil toneladas por ano, equiparando-se ao lixo eletrônico de equipamentos de TI de países como os Países Baixos.

Mineração de Bitcoin e consumo de energia

A comparação com outros sistemas de pagamento destaca ainda mais o impacto ambiental do Bitcoin. Uma única transação de Bitcoin consome cerca de 1.277,28 kWh, equivalente ao consumo de energia de uma residência média nos EUA por aproximadamente 44 dias.

Em contraste, a Visa, uma das maiores redes de pagamento do mundo, consome significativamente menos energia por transação.

Diante desses dados, especialistas e ambientalistas têm chamado a atenção para a necessidade de tornar a mineração de Bitcoin mais sustentável, assim como muitos dos melhores projetos de criptomoedas. Propostas incluem a transição para fontes de energia renovável e a adoção de métodos de consenso menos intensivos em energia, como o proof-of-stake.

Apesar do alto consumo energético, o estudo defende que a mineração de Bitcoin pode utilizar energia desperdiçada por outras indústrias. De acordo com os dados do Cambridge Centre for Alternative Finance, a perda de eletricidade na transmissão e distribuição nos EUA chega a 206 TWh por ano, volume que poderia alimentar toda a rede Bitcoin por 1,1 vezes.

Além disso, o potencial de recuperação do gás queimado globalmente atinge 688 TWh por ano, o suficiente para abastecer a rede do Bitcoin quase quatro vezes (3,7x). Mesmo na China, a energia renovável desperdiçada por limitação de armazenamento e excesso de oferta atinge 105 TWh, valor que cobriria 60% da demanda anual da mineração da criptomoeda.

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