Aliado de Trump sugere financiar reserva de Bitcoin com tarifas
Acreditamos na total transparência com nossos leitores. Alguns de nossos conteúdos incluem links de afiliados, e podemos ganhar uma comissão por meio dessas parcerias. No entanto, essa compensação potencial nunca influencia nossas análises, opiniões ou avaliações. Nosso conteúdo editorial é criado de forma independente de nossas parcerias de marketing, e nossas classificações são baseadas exclusivamente em nossos critérios de avaliação estabelecidos. Leia mais
As tarifas de importação propostas recentemente pela equipe de Donald Trump podem ter um papel decisivo na estruturação da reserva de Bitcoin dos Estados Unidos.
Quem defende essa visão é Bo Hines, diretor-executivo do Conselho Presidencial de Assessores sobre Ativos Digitais.
A ideia de Hines é utilizar recursos das tarifas como uma fonte alternativa de receita, neutralizando seu impacto sobre o orçamento atual. Ou seja, os valores poderiam ser direcionados à aquisição de BTC e outros ativos digitais.
Leia também:
Reserva de Bitcoin ainda tem efeitos limitados
Em uma declaração recente, o conselheiro de Trump afirmou que a administração federal está considerando opções de financiamento que não exijam novos gastos públicos. Afinal, o objetivo seria fortalecer o estoque de criptomoedas do país.
Segundo Hines, essa abordagem pode ser crucial para dar maior peso à iniciativa que Trump anunciou em março. Isso porque, até agora, a proposta se limita a reunir criptos já sob posse do governo, provenientes principalmente de apreensões legais ou confisco por agências federais.
Além disso, o conselheiro mencionou o Bitcoin Act, proposto pela senadora Cynthia Lummis. Afinal, o projeto prevê uma atualização nos certificados de ouro do Tesouro, substituindo a antiga referência de US$ 43 por onça pelo valor atual, que ultrapassa US$ 3.000.
De acordo com Hines, todas as opções estão sobre a mesa no momento:
‘Queremos o máximo que pudermos obter. Então, vamos garantir que nenhuma pedra fique sem ser virada.’
EUA possuem US$ 16 bilhões em BTC
Durante a campanha presidencial de 2024, o mercado reagiu positivamente à ideia de o governo norte-americano manter uma reserva de Bitcoin. No entanto, o entusiasmo esfriou quando ficou claro que não haveria compras diretas da criptomoeda no modelo inicial.
Dados da Arkham indicam que os EUA possuem atualmente cerca de 192.000 BTC. Portanto, seriam em torno de US$ 16 bilhões nesse ativo, considerando o preço atual do Bitcoin.
Após a ordem executiva assinada por Trump para implementar a reserva, um documento foi enviado às agências federais solicitando a divulgação de todos os ativos digitais ao Departamento do Tesouro.
Especialistas acreditam que uma reserva de Bitcoin pode oferecer oportunidades e riscos.
Hines abordou marco regulatório, mas evitou polêmicas
Durante sua entrevista para Anthony Pompliano, Hines respondeu a diversas perguntas sobre a atuação do Conselho Presidencial de Assessores sobre Ativos Digitais. Ou seja, não se limitou à questão da reserva de Bitcoin.
Por exemplo, ele também falou sobre o marco regulatório para ativos digitais que a Casa Branca estaria desenvolvendo. Segundo Hines, esse seria um projeto para apoiar a inovação no setor de criptomoedas.
‘[O marco regulatório] trará clareza a muitos aspectos do setor, seja sobre tokenização, staking, todo tipo de coisa.’
Além disso, a iniciativa ajudaria a promover stablecoins lastreadas no dólar americano em todo o mundo, segundo ele.
Hines salientou ainda que o governo Trump tem atuado para tornar os EUA a ‘capital mundial das criptomoedas’.
Por outro lado, ele evitou se aprofundar em questões relativas a possíveis conflitos de interesse de Trump no setor.
Entre os casos recentes que se tornaram munição para a oposição, estão a polêmica memecoin Official Trump (TRUMP). Outro tema quente no momento é o empreendimento da família Trump com a World Liberty Financial.
Leia mais:
Mais Artigos
in numbers
