Cripto OM dispara após fundador anunciar queima em massa de tokens

O token OM, da plataforma Mantra, registrou uma forte alta após o fundador JP Mullin anunciar planos para realizar uma grande queima de tokens. Segundo ele, a iniciativa inclui a eliminação de sua própria alocação da equipe e a implementação de um programa abrangente de queima para outras partes da oferta de OM.

A notícia provocou uma rápida reação no mercado. Após acumular uma queda de 87% na última semana, o OM saltou de US$ 0,5115 para US$ 0,8706, impulsionado pelo anúncio publicado por Mullin na plataforma X (antigo Twitter).

A declaração chega em um momento crítico, já que o token vinha enfrentando forte pressão de venda nas últimas sessões. A equipe da CoinGape publicou uma previsão de preço para abril de 2025, oferecendo uma análise sobre os possíveis caminhos do OM nas próximas semanas.

Queima de 300 milhões de tokens pode ser decidida por votação

A Mantra havia reservado inicialmente 300 milhões de tokens OM para sua equipe e principais colaboradores, o equivalente a 16,88% do fornecimento total, que atualmente gira em torno de 1,78 bilhão de unidades. Esses tokens estão bloqueados e tinham previsão de liberação gradual entre abril de 2027 e outubro de 2029.

No entanto, com o recente anúncio de JP Mullin, esses ativos podem ser retirados permanentemente de circulação. A proposta de Mullin é que a comunidade decida, por meio de uma votação descentralizada, se deve queimar toda a alocação da equipe — os 300 milhões de tokens.

A sugestão gerou repercussões variadas entre os membros da comunidade Mantra. Para alguns, a iniciativa demonstra comprometimento com a valorização do token e pode ter um efeito positivo no mercado. Outros, porém, manifestaram preocupação com os impactos de longo prazo para a sustentabilidade do projeto.

O fundador do Crypto Banter, Ran Neuner, criticou a ideia, afirmando que embora o gesto possa parecer positivo à primeira vista, ‘queimar os incentivos pode prejudicar a motivação da equipe no longo prazo’.

Polêmicas e queda de 90% no OM

O anúncio da queima de tokens chega em um momento delicado para o projeto, que enfrenta acusações de manipulação de mercado e uso de informações privilegiadas — todas negadas pela equipe.

Circulam rumores de que a Mantra controlaria 90% do suprimento total do token OM, o que foi veementemente refutado pela empresa. Em resposta à recente queda acentuada no preço do ativo, a Mantra afirmou que o colapso ocorreu devido a liquidações irresponsáveis, e não por ações da própria equipe.

A desvalorização de quase 90% nas últimas semanas ficou evidente nos gráficos, gerando inquietação entre os investidores. As plataformas OKX e Binance registraram grande volume de negociação de OM imediatamente antes da queda, o que levantou suspeitas sobre possíveis irregularidades. Ambas as exchanges, no entanto, negaram qualquer envolvimento direto no episódio.

Por fim, a Binance atribuiu o colapso às liquidações cruzadas entre exchanges e a ajustes na tokenomics realizados em outubro de 2024. Além disso, houve uma volatilidade anormal do mercado, que culminou em um pico de liquidações no dia 13 de abril.

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