Justin Sun, da Tron, é processado por escultura de US$ 65 mi
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Justin Sun, fundador da blockchain Tron, está sendo processado pelo bilionário magnata da mídia David Geffen em meio a uma batalha jurídica pela propriedade de uma escultura de Alberto Giacometti.
A disputa se concentra em torno de ‘Le Nez’, uma escultura que Geffen teria adquirido de Sun em 2022. No total, ele teria pago aproximadamente US$ 65 milhões em obras de arte e dinheiro pela peça.
Sun comprou originalmente a escultura em um leilão da Sotheby’s em 2021 por US$ 78 milhões. Na ocasião, ele teria contado com a ajuda de sua então consultora de arte, Xiong Zihan Sydney.
Justin Sun alega que consultor roubou escultura
Sun entrou com um processo em fevereiro alegando que Xiong teria roubado a escultura e a vendido para Geffen sem sua autorização.
No entanto, Geffen contra-atacou e entrou também com um processo contra Sun no dia 16 de abril. Ele chamou de ‘farsa’ o processo movido contra ele. Também acusou o fundador da Tron de fabricar uma versão falsa após não conseguir revender as duas obras de arte que recebeu em troca da escultura.
Le Nez (Crédito: Fundação Giacometti)
Além disso, Geffen afirma que pagou a Sun US$ 10,5 milhões adicionais em dinheiro como parte do acordo. Segundo o processo do bilionário da mídia americana:
As alegações da Sun são totalmente infundadas e representam uma tentativa de má-fé de interferir na propriedade legal da escultura.
Ele ainda sugere que Sun está sob pressão financeira após uma série de perdas no mercado de criptomoedas. Também citou o ataque multimilionário sofrido pela HTX em 2023.
Por isso, segundo Geffen, Sun estaria tentando recuperar a obra de arte como parte de um esforço mais amplo para se reerguer.
Caso é repleto de nuances
O caso levanta diversas questões importantes. Por exemplo, falta saber se Xiong admite o roubo e se há inconsistências no valor que teria sido roubado.
Além disso, não está claro se Sun ainda possui as pinturas e o valor que teria recebido.
Geffen alega ainda um padrão de má conduta por parte da Sun. Ele faz referência a processos por parte de ex-funcionários que o empresário de criptomoedas teria punido por se recusarem a participar de práticas comerciais antiéticas ou ilegais.
Em resumo, a peça retrata Sun como alguém com um histórico de fraude e manipulação legal.
Por outro lado, o consultor jurídico de Sun, William Charron, rejeitou veementemente a narrativa da Geffen. Afinal, segundo entrevista sua ao ArtNet:
A Sra. Xiong confessou o roubo, foi presa na China e está atualmente detida.
Além disso, ele rejeitou a versão de Geffen, tratando-a como ‘extremamente equivocada’. Também sustentou que Xiong agiu à revelia de Sun.
O envolvimento de Sun com o mundo da arte se tornou mais conhecido em 2023, quando ele comeu a obra ‘Comedian’, de Maurizio Cattelan.
‘Comedian’, no caso, era uma banana presa com fita adesiva a uma parede. Ela custou ao empresário a bagatela de US$ 6,2 milhões na Sotheby’s.
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