Investimento em criptomoedas é comum entre gerações Y e Z, diz estudo
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As gerações Y e Z estão optando cada vez mais pelo investimento em criptomoedas, de acordo com o Panorama Global do Investidor de Varejo 2024 do Fórum Econômico Mundial. Os resultados da pesquisa vieram a público na quarta-feira (26/3).
E essa não parece ser uma tendência passageira. Afinal, reflete uma mudança clara na forma como os investidores mais jovens estão abordando questões como risco, confiança e planejamento financeiro.
A organização entrevistou mais de 13 mil indivíduos em 13 países.
Segundo o relatório, 62% dos investidores da geração Y têm participações em criptomoedas que compõem pelo menos um terço de seus portfólios.
Por outro lado, entre os investidores da geração Z, 35% alocam mais da metade de seus portfólios em criptomoedas. Além disso, 20% investem cerca de um terço de seus portfólios em ativos digitais.
Essas alocações geralmente excedem seus investimentos em ações, fundos de investimento ou títulos — classes de ativos há muito consideradas pilares de um portfólio equilibrado.
Geração Z e Millennials impulsiona investimento em criptomoedas
O investimento em criptomoedas atrai mais os jovens devido à percepção de que são mais fáceis do que os investimentos tradicionais, como fundos ou títulos. Aliás, isso contrasta com a visão convencional de que os criptoativos são um ativo complexo e de alto risco.
Para as gerações nativas digitais, a informação agora chega a partir de plataformas de investimento em criptomoedas, conteúdo de influenciadores e redes sociais. Portanto, não há mais uma mediação tão grande de fontes tradicionais, como consultores e analistas de investimentos.
A mudança geracional também tem a ver com valores. O relatório observa que 70% dos Millennials e 66% da Geração Z escolhem instituições financeiras com base no alinhamento de valores pessoais. Portanto, as criptomoedas, frequentemente associadas à descentralização e à transparência, parecem ecoar bem essas prioridades.

Fonte: WEF / Global Retail Investor Outlook 2024
Ao mesmo tempo, os investidores jovens são mais propensos a explorar ativos alternativos e a se envolverem mais com os projetos. Isso sugere um apetite maior por influência e inovação.
Criptomoedas crescem em mercados emergentes
Os mercados emergentes ecoam o entusiasmo das novas gerações com o investimento em criptomoedas. Afinal, investidores de países como Índia e África do Sul demonstram uma adoção maior de criptos na comparação com os de mercados mais desenvolvidos.
Uma pesquisa recente também mostrou que a adoção de criptomoedas cresceu 12% na América Latina em 2024.
Por exemplo, 36% dos investidores de mercados emergentes detêm criptomoedas, contra apenas 27% globalmente. Para muitos deles, as criptomoedas oferecem uma porta de entrada acessível para os mercados de capital em ambientes onde a infraestrutura bancária permanece falha.
A tecnologia desempenha um papel poderoso na formação dessa tendência. O relatório do Fórum Econômico Mundial revelou que 41% dos investidores no geral — e quase metade da Geração Z e Millennial — estão dispostos a delegar decisões financeiras a consultores baseados em inteligência artificial (IA).
Esses usuários também costumam adotar aplicativos de orçamento, robo-advisors e plataformas fintech. Portanto, tendem a incorporar ainda mais os criptoativos às suas vidas financeiras.
No entanto, os riscos são reais. A alta concentração de portfólios em ativos voláteis levanta preocupações sobre a estabilidade financeira de longo prazo. Por isso, educadores e reguladores financeiros enfrentam um novo desafio: como orientar uma geração que prefere aprender na prática e confia mais no YouTube do que em whitepapers.

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