“Índice do Medo” de Wall Street dispara com guerra tarifária
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A semana começou agitada no mercado financeiro. Afinal, o índice VIX, apelidado como “índice do medo” pelos investidores, chegou a subir +11,68%, alcançando 50,60 pontos no início da tarde desta segunda-feira.
A escalada do VIX reflete o aumento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Mas também mostra a preocupação em relação aos principais aliados da economia norte-americana, como a União Europeia.
Índice do Medo aponta para caminho sem volta?
Boa parte do “pânico” dos investidores se deve à ausência de indícios de que o presidente Donald Trump recuará em sua política tarifária.
Sem novas sinalizações por parte da administração norte-americana, os mercados reagiram com nervosismo, empurrando o índice do medo para cima dos 50 pontos. Aliás, esse nível não era registrado desde agosto de 2024.
Trump ainda agravou o cenário ao mencionar a possibilidade de implementar tarifas extras de até 50% sobre produtos da China. A declaração veio após o país asiático retaliar os EUA com novas tarifas, algo que intensificou o clima de incerteza na economia global.
O cálculo do VIX leva em conta as oscilações do índice S&P 500. Tradicionalmente, quando ele ultrapassa os 30 pontos, indica um cenário de grande instabilidade nos mercados.
Por isso, o patamar atingido nesta segunda acabou reforçando o sentimento de insegurança entre os investidores.
Criptomoedas como o Bitcoin e as principais altcoins, consideradas ativos de risco, acabaram vendo seu preço desabar devido à postura retraída dos investidores.
Investidores buscam refúgio em meio à turbulência
Com o avanço da volatilidade, o movimento entre os investidores foi claro: saída de ativos de risco e migração para alternativas consideradas mais seguras. Entre essas opções, as mais clássicas incluem títulos da dívida americana e o ouro.
A insegurança também se espalhou pelas principais bolsas internacionais, que operaram no vermelho tanto na Europa quanto na Ásia.
Sem qualquer perspectiva de alívio nas disputas comerciais, o mercado tende a manter o índice do medo em níveis elevados. Portanto, o cenário pode ser de um enfraquecimento ainda maior do apetite por risco e de aumento na procura por proteção, em um ambiente cada vez mais imprevisível.

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