Drex avança para segunda fase de testes, Kamala Harris menciona criptomoedas e outros destaques da semana
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Esta semana foi bastante agitada para o mercado de criptomoedas, com movimentações relevantes que podem impactar o setor a longo prazo.
Carteiras de mineradores de Bitcoin, inativas há mais de 15 anos, foram reativadas, enquanto Kamala Harris mencionou criptoativos pela primeira vez em um discurso público, sem empolgar o mercado.
Além disso, a PayPal agora permite negociação de criptomoedas para contas comerciais, e a rede social X busca a retomada de suas operações no Brasil após cumprir exigências do STF.
Por fim, o Drex avança para a segunda fase de testes.
- Carteiras de mineradores de Bitcoin são reativadas após mais de 15 anos
- Kamala Harris finalmente cita criptomoedas em discurso público, mas mercado não se anima
- Conta comercial da PayPal agora pode negociar e manter criptomoedas
- Rede social X pede ao STF a volta das suas operações no Brasil após cumprir exigências
- Drex entra em segunda fase de testes
Carteiras de mineradores de Bitcoin são reativadas após mais de 15 anos
A reativação de carteiras de mineradores de Bitcoin de 2009 chamou a atenção do setor de criptomoedas na sexta-feira (20/09).
Cinco wallets, inativas por 15 anos e contendo 250 BTC, equivalente a US$ 15,9 milhões, foram reativadas em um intervalo de uma hora, segundo dados da Lookonchain.
Esses criptoativos foram minerados pouco após o lançamento da blockchain do Bitcoin em janeiro de 2009, antes do primeiro halving, quando a recompensa por bloco era de 50 BTC.
A movimentação gerou especulações na comunidade cripto sobre a possível identidade dos proprietários das carteiras. Algumas teorias variam entre o criador pseudônimo do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, e primeiros entusiastas como Hal Finney. Outros sugerem que alguém encontrou um antigo disco rígido com os Bitcoins esquecidos.
Casos semelhantes já ocorreram, como em junho, quando uma carteira inativa por 14 anos transferiu 50 BTC para a Binance.
Apesar do interesse gerado, a reativação dessas carteiras não impactou imediatamente o preço do Bitcoin. O BTC registrou alta de mais de 11% na semana, indo de US$ 57.600 para US$ 64.000, antes de recuar para US$ 62.850.
Kamala Harris finalmente cita criptomoedas em discurso público, mas mercado não se anima
A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à presidência, Kamala Harris, abordou pela primeira vez o tema das criptomoedas em um evento público. Ela prometeu incentivar investimentos no setor e eliminar burocracias desnecessárias.
Durante uma arrecadação de fundos em Manhattan, Harris destacou a importância de criar um ambiente regulatório estável e transparente para fomentar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras. Estas incluem inteligência artificial e ativos digitais, sem comprometer a proteção ao consumidor.
Embora seus comentários tenham sido vistos como um avanço, muitos ainda questionam seu real comprometimento com o setor, já que, como vice-presidente, ela se manteve em silêncio sobre a regulamentação das criptomoedas.
A abordagem de Harris deve ser diferente da de Donald Trump, que se apresenta como defensor das criptomoedas na corrida presidencial de 2024.
Alexander Grieve, da Paradigm, considera as declarações encorajadoras, mas ressalta que a postura de Harris será distinta da de Trump.
Já o congressista Wiley Nickel, ligado à campanha Crypto4Harris, vê a mudança como positiva para a inovação tecnológica. Resta saber se as promessas de Harris se traduzirão em ações concretas para atender às demandas do setor por um ambiente regulatório mais claro e favorável.
Conta comercial da PayPal agora pode negociar e manter criptomoedas
A PayPal lançou uma nova funcionalidade que permite a comerciantes dos Estados Unidos comprar, vender e manter criptomoedas por meio de suas contas comerciais na plataforma. O serviço, no entanto, não estará disponível inicialmente em Nova York.
A empresa destacou que a iniciativa visa atender à demanda dos donos de contas comerciais, que desejavam acesso às mesmas funcionalidades cripto já disponíveis para consumidores.
Fernandez da Ponte, vice-presidente sênior de blockchain e criptomoedas da PayPal, afirmou que o objetivo é capacitar os comerciantes a participarem de maneira simples e eficiente com moedas digitais.
Além disso, a PayPal agora permite que comerciantes realizem transferências externas de criptomoedas para wallets elegíveis, ampliando o alcance das transações digitais.
Nos últimos anos, a PayPal tem expandido suas operações no setor cripto. Em 2020, passou a oferecer a compra, venda e manutenção de criptomoedas para consumidores. Já em 2023, lançou a stablecoin PayPal USD (PYUSD), lastreada em depósitos em dólares americanos e títulos do Tesouro.
Inicialmente disponível na blockchain Ethereum, o PYUSD agora também pode operar na rede Solana, oferecendo mais flexibilidade aos usuários. A stablecoin está listada em exchanges como Crypto.com, Bitstamp, Coinbase e Kraken.
A rede social X pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para restabelecer suas operações no Brasil. A solicitação veio após a suspensão em agosto por decisão do ministro Alexandre de Moraes.
A suspensão ocorreu devido ao descumprimento de ordens judiciais, incluindo a falta de um representante legal no país e o bloqueio de perfis investigados pelo tribunal.
Em resposta, a X apresentou documentos comprovando o cumprimento das exigências, como a nomeação de um representante e o pagamento de multas que somam R$ 18 milhões.
Os advogados da plataforma afirmam que todas as demandas foram atendidas e solicitam a retomada das atividades da rede social no Brasil. A decisão agora depende do STF, que havia decidido pela suspensão em votação unânime. Moraes, entretanto, pode requisitar mais informações antes de liberar o retorno.
Recentemente, o ministro intensificou as investigações sobre a empresa, buscando confirmar a regularidade da operação no país e a eficácia das medidas tomadas, como a remoção de contas com conteúdos antidemocráticos.
Além disso, a rede social enfrenta uma multa diária de R$ 5 milhões por supostamente tentar contornar o bloqueio. Como resultado, se mantém incerta a retomada de suas atividades.
Drex entra em segunda fase de testes
O Banco Central (BC) iniciou a segunda fase de testes do Drex, o “real digital”, com previsão de lançamento para 2025.
Nesta etapa, 16 empresas e consórcios testarão projetos próprios, incluindo serviços financeiros como crédito colateralizado e transações imobiliárias, utilizando contratos inteligentes.
A novidade é que essas soluções são desenvolvidas pelos participantes e supervisionadas pelo BC. A fase também incluirá testes com ativos não regulados, em parceria com a CVM e outros reguladores.
Os 13 projetos selecionados abordam desde o mercado imobiliário até o agronegócio, com destaque para iniciativas que visam aumentar a eficiência e segurança das transações financeiras.
Consórcios como Banco do Brasil, Caixa e SFCoop testarão o uso da blockchain em transações imobiliárias. Já o Santander desenvolverá uma solução para negociar créditos de descarbonização (CBIO).
A implementação do Drex foi adiada devido a preocupações com a privacidade das transações na blockchain, previstas na legislação brasileira.
Por fim, o BC admite dificuldades para conciliar a transparência da tecnologia com o sigilo exigido por lei. Embora a meta seja lançar o Drex em 2025, o mercado espera que a moeda digital brasileira só esteja disponível em 2026.
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