Coinbase compra corretora e expande oferta na Europa
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Acreditamos na total transparência com nossos leitores. Parte do nosso conteúdo inclui links de afiliados, e podemos ganhar uma comissão através dessas parcerias.A Coinbase anunciou neste domingo (5/1) a compra de uma corretora na Europa e, com isso, passou a ter as licenças exigidas para negociar derivativos no mercado europeu.
A aquisição é um novo passo da gigante de criptomoedas dos EUA visando à expansão de sua atuação no continente europeu. O negócio envolveu a compra da exchange Bud, com sede no Chipre.
A Bud já possuía uma licença da MiFID (Markets in Financial Instruments Directive) para atuar na União Europeia (UE). Portanto, a Coinbase poderá oferecer produtos com alavancagem a clientes de diversos países do bloco, como Alemanha, França, Espanha e Portugal.
Atualmente, o mercado de derivativos corresponde a 75% das transações de criptoativos no mundo. Então, a expectativa é de que a empresa americana invista com força em produtos financeiros desse tipo na Europa.
Coinbase quer se adequar às exigências da MiFID
A MiFID é o regime regulatório da União Europeia para o setor financeiro. Ele é amplamente considerado um dos mais completos nessa área. Afinal, oferece uma estrutura que unifica a legislação de todos os estados-membros da organização.
Segundo o comunicado de imprensa da Coinbase, o processo de adequação da empresa à MiFID está ainda em fase inicial. Afinal, não depende apenas da aquisição de uma licença por meio da compra de uma empresa já regulamentada.
Ainda assim, a empresa comemorou a novidade em seu site oficial:
“Como parte da nossa expansão global, estamos no processo de aquisição de uma entidade licenciada MiFID (Markets in Financial Instruments Directive) da União Europeia com sede em Chipre, o que aumentaria o acesso aos nossos produtos de derivativos, permitindo-nos oferecê-los a clientes qualificados em países selecionados na UE (…) Temos um longo caminho pela frente antes de finalizar a aquisição e operacionalizar a entidade licenciada pela MiFID da UE, mas este é um passo emocionante em nossos esforços para expandir o acesso às nossas ofertas internacionais de derivativos e levar um sistema financeiro mais global e aberto para 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo.”
Agora, a Coinbase deverá alinhar a entidade nova aos requisitos internos e normas regulatórias da União Europeia.
Entre as exigências da MiFID, está a necessidade de cumprir normas relativas ao combate à lavagem de dinheiro (AML). Também é preciso comprovar que a empresa realiza o procedimento de identificação de clientes (KYC) conforme as regras da UE. Por fim, a empresa precisará aderir a regimes de sanções internacionais específicos.
Coinbase tem terceiro app financeiro mais baixado no Brasil
A Europa não é a única frente de expansão da Coinbase atualmente. Afinal, países como o Brasil também aparecem entre as prioridades da plataforma.
Recentemente, a Coinbase alcançou um marco importante ao se tornar o terceiro aplicativo de finanças mais baixado no Brasil. Com isso, ela superou uma concorrente direta, a Binance. Além disso, passou a ser líder entre os apps de criptomoedas.
Na categoria de aplicativos financeiros, a Coinbase aparece atrás apenas do Nubank e do Itaú, dois bancos com uma base grande de clientes no Brasil.
Segundo Grégoire Belhassen, chefe de marketing da Coinbase nas Américas, um fator para a popularização da plataforma no Brasil é a parceria com o influenciador Charles Wicz, o “Economista Sincero”.
A parceria com Wicz inclui conteúdos educativos sobre tópicos como staking de criptomoedas, stablecoins e segurança em criptoativos.
Além disso, com a campanha “Pense Cripto, Pense Coinbase”, a Coinbase oferece R$ 20 em BTC para novos usuários, o que incentiva novos downloads e registros na plataforma de criptomoedas.