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O desenvolvimento de projetos de CBDC em todo o mundo, como o Drex, deve seguir novos parâmetros no mercado financeiro. De acordo com o chefe da divisão de criptomoedas da Mastercard, Raj Dhamodharan, os bancos centrais devem se afastar da criação da moeda digital.
CBDC é a sigla usada para moedas digitais controladas por bancos centrais. No Brasil, o Drex representa um projeto desse tipo e deve ser lançado até o final de 2025.
No entanto, a previsão da Mastercard aponta que os bancos centrais podem desistir do desenvolvimento de uma CBDC voltada para o mercado de varejo. Ou seja, uma moeda digital com foco no consumidor.
Moeda Drex será lançada em 2025?
O principal objetivo das CBDCs é promover mais segurança e rapidez em transações de valores. Em fase de testes no Brasil, o Drex está sendo criado a partir da tecnologia blockchain.
O anúncio da Mastercard não impacta diretamente o desenvolvimento do Drex. O Banco Central anunciou que a CBDC brasileira pode ser lançada até o final de 2025.
Nos próximos meses, a segunda fase de testes do Drex terá início no Brasil. Essa etapa deve durar até o final do primeiro semestre. A bandeira de cartão de crédito afirma que a criação de CBDCS voltada para o varejo não é mais alta prioridade para os bancos centrais.
“Há somente alguns anos, muitos bancos centrais do mundo estavam analisando a viabilidade de emitir suas próprias moedas em formato digital. Hoje, mais e mais bancos centrais concluíram que o setor privado está inovando bem por conta própria e que as moedas digitais do banco central voltadas para o público não precisam ser uma alta prioridade.”
Bancos vão abandonar a CBDC?
Assim como o Brasil, outros países investem em projetos de sua própria CBDC. Contudo, essa tendência deve sofrer mudanças no mercado financeiro. Conforme aponta o relatório “O que esperar da criptomoeda em 2025” da Mastercard, a tecnologia presente no mercado cripto é suficiente para suprir a demanda do varejo.
Sendo assim, a bandeira de cartão de crédito acredita que outras tecnologias, como o uso de stablecoins, tendem a se popularizar ainda mais no mercado. Portanto, no futuro essas moedas desempenharão um importante papel em depósitos bancários tokenizados, diz o estudo.
“Acredito que caminharemos para um mundo onde depósitos bancários comerciais tokenizados e stablecoins coexistirão, onde transações como compras de ativos tokenizados começarão com dinheiro tokenizado em contas bancárias e serão liquidadas por meio de stablecoins.”
Por outro lado, CBDCs com finalidade de atender o setor atacadista, representado por empresas e governos, continuam a atrair bancos centrais. A moeda digital servirá para transações transfronteiriças de valores, além de pagamentos por compra e venda no comércio exterior.
“Em 2025, espero que mais bancos centrais sigam essa tendência, afastando-se dos CBDCs focados no consumidor, conhecidos como CBDCs ‘de varejo’. Mas eles continuarão a buscar ativos digitais voltados para o setor bancário e outras instituições financeiras, também conhecidos como CBDCs ‘de atacado’.”