Dupla se declara culpada em Esquema Ponzi de US$ 577 milhões
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Dois cidadãos estonianos que foram extraditados para os EUA no ano passado se declararam culpados por operar uma fraude multimilionária de Esquema Ponzi.
O gabinete do Procurador dos EUA no Distrito Ocidental de Washington descreveu a operação como “um esquema Ponzi de criptomoeda massivo e multifacetado que vitimou centenas de milhares de pessoas” nos EUA e no mundo todo.
Sergei Potapenko e Ivan Turõgin (40) declararam-se culpados em uma acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica. Eles concordaram em perder ativos avaliados em mais de US$ 400 milhões que eles obtiveram enquanto administravam o esquema.
Com sentença prevista começar em maio, cada um deles pode pegar uma pena máxima de 20 anos de prisão.
O escritório de campo do FBI em Seattle investigou o caso, com a ajuda do Escritório de Assuntos Internacionais do Departamento de Justiça dos EUA na investigação e nos processos de extradição.
Além disso, o Gabinete de Cibercrime da Polícia e Guarda de Fronteiras da Estónia auxiliou na investigação, enquanto o Procurador-Geral da Estónia e o Ministério da Justiça e Assuntos Digitais ajudaram na extradição.
O governo estoniano renovou a extradição dos dois fraudadores para os EUA em janeiro de 2024.
“O tamanho e o escopo do suposto esquema são realmente espantosos”, comentou Nick Brown, procurador dos EUA no Distrito Ocidental de Washington. “Esses réus capitalizaram tanto o fascínio da criptomoeda quanto o mistério em torno da mineração de criptomoedas para cometer um enorme esquema Ponzi.”
Banco digital que nunca existiu
Potapenko e Turõgin operavam o serviço de mineração de criptomoedas HashFlare. Seus clientes deveriam receber uma parte das moedas mineradas.
Porém, quando os investidores pediram para sacar seus lucros de mineração, a dupla não conseguiu pagar como prometido, afirma um resumo do caso. Eles resistiram a fazer os pagamentos integrais, e pagavam, usavam as moedas que compraram, não o que mineraram.
Entre 2015 e 2019, quando as vendas chegaram ao fim, a HashFlare totalizou mais de US$ 577 milhões. Contudo, a empresa não tinha a capacidade de computação necessária para mineração. Seu equipamento “realizava mineração de Bitcoin a uma taxa de menos de um por cento do poder de computação que pretendia ter”.
Além disso, o painel da web da HashFlare, que deveria mostrar aos investidores seus lucros de mineração, exibia dados falsificados, dizem os documentos.
Ao invés de pagar os investidores, Potapenko e Turõgin compraram imóveis e veículos de luxo e mantiveram contas de investimento e criptomoedas. Os ativos confiscados serão usados para compensar as vítimas.
Além do HashFlare, Potapenko e Turõgin também enfrentam acusações pelo esquema Polybius. De acordo com um comunicado de imprensa do FBI de novembro de 2021, os dois lançaram este ICO em 2017 arrecadando cerca de US$ 31 milhões para criar um banco digital. Em vez disso, Turõgin e Potapenko usaram grande parte desse dinheiro para ganho pessoal.
Na época, a Polybius emitiu o token ERC-20 PLBT. Com pico de US$ 12,8 em janeiro de 2018, a moeda despencou para US$ 0,43 em valores atuais, uma queda de quase 95%.
Da mesma forma, no mesmo período, sua capitalização de mercado caiu de US$ 49 milhões para apenas US$ 1,74 milhão.

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