Associação Brasileira de Criptoeconomia (que reúne empresas do ecossistema de ativos digitais) tem novo presidente
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No começo de fevereiro, a Associação Brasileira de Criptoeconomia (Abcripto) anunciou seus novos dirigentes e mudanças em seu modo de governar-se.
Além da diretoria-executiva, a instituição passou a ter, também, um conselho consultivo, do qual participarão representantes dos membros e empresas do setor de criptoativos brasileiro, como, por exemplo, corretoras de criptomoedas.
Cargos de presidentes têm novos eleitos

Foi eleito presidente do concelho Henrique Teixeira, chefe global de desenvolvimento de mercado da Ripio, grupo que oferece produtos financeiros baseados em blockchain. A vice-presidência do conselho será exercida por Edisio Neto, CEO do Zro Bank, banco digital que usa a tecnologia de blockchain.
Para a presidência-executiva da Abcripto foi eleito Bernardo Srur, que foi diretor de compliance da corretora Mercado Bitcoin. Ele já fazia parte da diretoria da instituição, na qual era responsável pelo setor dedicado a assuntos regulatórios.
Já Rodrigo Monteiro estará à frente da Diretoria de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Criptoeconomia.
Marco regulatório das criptomoedas no Brasil é de grande interesse da Abcripto
Com a sanção, em novembro do ano passado, pelo então presidente Jair Bolsonaro, do marco regulatório de criptomoedas que havia sido aprovado pelo Congresso Nacional, a atenção da Associação Brasileira de Criptoeconomia será dirigida a esforços que ajudem a desenvolver o mercado brasileiro de criptoativos e educar o público sobre o setor.
Em nota, Henrique Teixeira afirmou que muitos avanços foram obtidos e que a Abcripto, que demonstrou ser uma referência firme e confiável, continuará a se esforçar para que o avanço do mercado de criptoativos no país ganhe velocidade e contribua para a construção de um ambiente sadio para a economia digital. Ele também parabenizou seus colegas de direção e disse que será um prazer trabalhar mais próximo deles.
De acordo com o jornal Valor Econômico, Edisio Neto afirmou que o marco regulatório favorecerá o desenvolvimento do mercado de criptoativos, em benefício do qual a Abcripto lutará para que as regras sejam aplicadas de forma equilibrada e transparente.
A mesma publicação relatou que Srur afirmou que a Abcripto pretende promover a transparência e a inclusão e trabalhar para que seja sempre crescente o número de brasileiros que têm acesso aos benefícios dos ativos digitais.
Um dos planos da Abcripto é incentivar autorregulação
Uma das iniciativas da Abcripto é a distribuição, que deve começar neste ano, para empresas de um selo àquelas que cumprirem as normas estabelecidas pela instituição para a autorregulação do setor cripto no Brasil. A adesão a essas disposições é voluntária.
As normas de autorregulação da Abcripto já abrangem o combate à lavagem de dinheiro e, a entidade prevê, serão expandidas para lidar com temas como cibersegurança, governança corporativa e compliance.
Quando a iniciativa foi anunciada no ano passado, um dos sócios da empresa de auditoria e consultoria de gestão KPMG, Fabio Lacerda, disse ao Estado de São Paulo que a atuação da Abcripto na supervisão do comportamento das empresas é importante para a proteção da saúde do sistema e que regras são importantes para que os atores do mercado saibam como se desenvolver de forma segura.
Com base em sua experiência de quase três décadas no Banco Central, Lacerda acrescentou que a autorregulação é benéfica até para os órgãos reguladores estatais, cujas lacunas e omissões são cobertas pela supervisão exercida sobre si mesmos pelos atores do mercado.
Um estudo efetuado pelo CoinJournal divulgado recentemente mostrou que o Brasil é o sexto país em quantidade de proprietários de criptomoedas, sendo aproximadamente 7%. Isso significa que pouco mais de 1 brasileiro em cada 15 tem algum criptoativo.
Segundo o CoinJournal, o Brasil é o país da América Latina com mais detentores de criptomoedas e, no continente americano, fica atrás apenas dos Estados Unidos, o número 1 do mundo, onde 13% da população possui alguma quantidade desse tipo de ativos.
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