Conheça as próximas fronteiras da inteligência artificial nos mercados financeiro e de capitais
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O relatório da Anbima sobre a inteligência artificial (IA) nos mercados financeiro e de capitais apontou duas fortes tendências para o futuro próximo: agentes de IA e geração aumentada de recuperação (RAG). O estudo explora como a IA já é aplicada nesses setores e possibilidades emergentes. Confira.
Novas oportunidades
Segundo o relatório da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as principais oportunidades de transformação da IA no setor financeiro incluem: melhorar a eficiência interna com a automação de processos, otimizar resultados com análise inteligente de grandes volumes de dados e aprimorar a experiência do cliente com serviços rápidos e personalizados.
Confira, a seguir, algumas dos benefícios que a inteligência artificial pode proporcionar para esses segmentos.
Programação
Segundo o relatório, a inteligência artificial está sendo usada para automatizar tarefas repetitivas de programação de software, otimizando e acelerando os ciclos de desenvolvimento. O estudo destaca, ainda, que o processamento de linguagem natural também vai permitir que mais pessoas criem suas próprias aplicações, sem a intervenção da TI.
Inteligência
Outra funcionalidade da IA, atualmente, é examinar vastos volumes de dados, de fontes como relatórios de reguladores, notícias e comunicações corporativas. Fornecendo, em seguida, resumos concisos para tomada de decisão e execução mais rápidas.
Segurança e governança
A inteligência artificial vem contribuindo, ainda, para monitorar, com mais eficiência e amplitude, transações e comportamentos em tempo real. De acordo com o relatório da Anbima, o objetivo é detectar anomalias, garantir a conformidade regulatória e reduzir fraudes.
Experiência
Por meio do estudo do comportamento dos clientes com uso da IA generativa, as empresas podem explorar um marketing hiperpersonalizado. Criando, desse modo, melhores experiências de consumo.
Além disso, chatbots habilitados por IA podem entregar atendimento personalizado ao cliente, resolvendo consultas rapidamente e oferecendo assistência 24 horas por dia, de forma realmente resolutiva.
Agentes
O estudo da Anbima destaca, por fim, que Agentes de IA poderão executar atividades financeiras para clientes, usando dinheiro tokenizado para liquidação instantânea e simultânea no ecossistema financeiro.
Esses agentes poderão ser fornecidos por big techs, bancos, fintechs, parcerias com varejo (saiba mais no tópico “Próximas fronteiras”). Segundo o relatório, os consumidores também poderão tomar decisões financeiras informadas sem envolvimento humano direto.
Próximas fronteiras
Além de indicar novas oportunidades que já podem ser explorada, o estudo aponta os dois conceitos mais relevantes para acompanhar no futuro próximo. Eles representam as novas fronteiras da IA nos mercados financeiro e de capitais.
1. RAG (Retrieval Augmented Generation)
O relatório da Anbima explica que, atualmente, os grandes modelos de linguagem, como, por exemplo, o GPT-4, são capazes de responder com bastante fluência sobre os mais diversos temas – desde que disponíveis nas bases de dados públicas com as quais ele foi treinado. Em caso de uso corporativo, a IA precisa ter acesso a informações relevantes e atualizadas para determinado contexto.
A geração aumentada de recuperação (RAG) é um método que torna esse processo mais viável e eficiente. Isso porque o sistema consegue buscar trechos relevantes da base de conhecimento por meio da pergunta do usuário. Posteriormente, esses trechos pesquisados são usados como parte do prompt para orientar o modelo.
Segundo o estudo, essa metodologia facilita a transferência de conhecimento. Dessa forma, aplicações especializadas conseguem acessar sistemas pré-treinados e bases específicas a um menor custo e em menos tempo.
2. Agente de IA
O relatório da Anbima descreve os Agentes de IA como sistemas que utilizam um grande modelo de linguagem ou de fundação para:
- raciocinar sobre um problema;
- criar um plano para resolver esse problema;
- executar o plano com a ajuda de um conjunto de ferramentas.
Em outras palavras, esses agentes são sistemas com capacidades de raciocínio complexas, memória e meios para executar tarefas, agindo através dos modelos de IA.
No mercado financeiro, os agentes podem atuar como assistentes com habilidades mais próximas das humanas, desenvolvendo atividades como: analisar o portfólio de investimentos do cliente, compará-lo a outras oportunidades de mercado, negociar com bancos e executar novos investimentos.
Pesquisa global da PwC, citada pela Anbima, estima que os serviços de “robôs advisors” devem alcançar quase US$ 6 trilhões de valor global sob gestão em 2027. Ou seja, praticamente o dobro do valor registrado em 2022.
A IA pode ser uma boa consultora financeira?
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A Anbima aborda essa questão no estudo a partir de pesquisa de Andrew Lo, do MIT Sloan. Ao analisar o potencial da IA generativa para oferecer orientações financeiras de forma consistente, ele constatou que:
- a IA pode realizar tarefas de consultoria financeira de maneira eficaz com módulos de treinamento suplementares;
- grandes modelos, como o GPT-4, podem oferecer conselhos financeiros, mas a qualidade depende da incorporação de módulos de conhecimento específicos de finanças;
- a IA tem o potencial de personalizar conselhos financeiros tanto no tom quanto no conteúdo, para que seja capaz de se comunicar com diversos perfis de pessoas;
- o comportamento ético da IA em funções de consultoria financeira é uma preocupação significativa. Portanto, pesquisadores estão usando RAG para treinar a IA em comportamento ético, utilizando dados de processos judiciais financeiros para mitigar vieses e garantir conselhos justos.
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Como as empresas de serviços financeiros já estão usando IA?
Por fim, a Anbima mostra, no estudo, as áreas e atividades em que empresas de serviços financeiros mais estão usando IA, neste ano de 2024.
Para tanto, a associação se baseou em pesquisa global da NVIDIA com cerca de 400 profissionais de serviços financeiros, nos segmentos de trading, banking, pagamentos e fintechs.
Entre os entrevistados, 43% já estão usando IA generativa nas suas organizações. Além disso, 46% estão usando LLMs (modelos de linguagem de grande escala).
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Em depoimento citado no relatório, Zeca Doherty, diretor-executivo da ANBIMA, destaca a importância do estudo para mostrar aonde o setor pode chegar com a inteligência artificial. Ele ressalta, ainda, a oportunidade de transformação representada por essa tecnologia.
O estudo enfatiza que, seja no back-office, seja na interface com o cliente, a oportunidade anual de valor a ser gerado com a IA nos bancos é estimada pela McKinsey entre US$ 200 bilhões e US$ 300 bilhões no mundo, especialmente nos segmentos de corporate e varejo. No mercado de capitais, a expectativa é de um incremento anual de até US$ 30 bilhões.
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