Relatório do BIS destaca Itaú e fintech brasileira como exemplo de tokenização para o mundo

O Brasil conquistou um feito histórico no cenário financeiro global. O BIS (Banco de Compensações Internacionais), conhecido como o Banco Central dos Bancos Centrais, destacou pela primeira vez uma fintech brasileira de tokenização de ativos reais (RWA) em seu relatório técnico sobre inovações digitais.
O relatório, intitulado ‘Leveraging tokenization for payments and financial transactions’, apresentou a AmFi como um dos três principais cases privados de tokenização no mundo, ao lado do Itaú Digital Assets e da plataforma internacional Credix. A publicação serve como referência para bancos centrais e autoridades financeiras em todo o planeta.
De acordo com o relatório, a AmFi utiliza tecnologia blockchain e contratos inteligentes para tokenizar recebíveis e oferecer crédito a pequenas e médias empresas. Dessa forma, esse processo reduz custos, automatiza tarefas operacionais e amplia o acesso ao mercado de capitais, o que tem impacto direto na inclusão financeira e na eficiência do sistema financeiro.
‘A escalabilidade proporcionada pela tokenização permite alcançar negócios de menor porte, que normalmente enfrentam dificuldades para obter crédito acessível’, destaca o documento.
A AmFi já tokenizou mais de R$ 750 milhões em ativos desde a sua fundação e pretende atingir a marca de R$ 1,5 bilhão ainda no primeiro semestre de 2025. Além disso, a fintech atua em parceria com mais de 70 instituições, como securitizadoras, gestoras de recebíveis e outras fintechs.
Modelo brasileiro é exemplo de tokenização para o mundo

A força-tarefa do relatório foi coordenada por Fábio Araújo, economista do Banco Central do Brasil e responsável pelo DREX, a moeda digital brasileira. A escolha da AmFi como referência global reforça o protagonismo do país na criação de modelos financeiros inovadores baseados em blockchain e ativos digitais regulados.
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O relatório também aponta que a automação por meio de contratos inteligentes, base para os melhores projetos de criptomoedas, substitui diversos intermediários. Além disso, facilita negociações secundárias, algo ainda raro no modelo tradicional.
Desse modo, um exemplo prático citado é a atuação da AmFi com a UP Vendas. Ela utiliza a tecnologia para criar e distribuir linhas de crédito para microempreendedores, antes excluídos do mercado formal.
A fintech define regras claras, integra tecnologia digital e prioriza acessibilidade para usar a tokenização como ferramenta de competitividade econômica em mercados emergentes, servindo de modelo para políticas públicas de inovação financeira.
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