Receita com mineração de Bitcoin atingiu mínima do ano em agosto

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Esse desempenho demonstra o impacto que a mineração vem tendo desde o quarto halving do Bitcoin, em abril deste ano.
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Flavio Aguilar
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Marta Stephens
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Os mineradores de Bitcoin enfrentaram a receita de mineração mais desafiadora do ano no último mês. Afinal, em agosto, o volume ficou US$ 99,75 milhões abaixo da registrada em julho. Esse foi o valor mais baixo desde setembro de 2023.

Segundo dados da Bitbo, a receita dos mineradores caiu para US$ 827,56 milhões em agosto, em comparação com US$ 927,35 milhões em julho de 2024. Portanto, foi um dos piores meses para os mineradores em termos de receita.

Esse desempenho demonstra o impacto que a mineração vem tendo desde o quarto halving do Bitcoin, em abril deste ano. Em setembro de 2023, os mineradores de Bitcoin ganharam apenas US$ 727,79 milhões. No entanto, isso ocorreu quando a principal criptomoeda do mundo atingiu uma baixa histórica, com preço de negociação em torno de US$ 25.000.

O preço do BTC mais que dobrou desde então. Afinal, estava sendo negociado a US$ 57.500 no momento em que este artigo foi escrito.

Além disso, segundo dados do The Block, as taxas on-chain também caíram em agosto, com uma diminuição de US$ 4,14 milhões em relação a julho.

A empresa de mineração de Bitcoin Foundry USA encontrou 1.248 blocos, representando 29,10% do total. Em seguida, veio outro grande pool de mineração, o Antpool, que minerou 1.074 blocos — isso representou uma participação de 25,04%.

Queda na receita é proporcional à redução das transações

O número de Bitcoins minerados em agosto foi de 13.843 BTC. Isso representa uma ligeira queda em relação aos 14.725 BTC de julho.

Além disso, após o halving de abril, algumas empresas de mineração experimentaram uma queda significativa nos preços de suas ações. Por exemplo, Marathon Digital Holdings, Riot Blockchain e CleanSpark viram os preços de suas ações caírem por vários dias consecutivos.

O halving do Bitcoin em abril também dificultou minerar a criptomoeda. Por isso, houve uma queda nos volumes de transação e, consequentemente, uma redução dos lucros.

A receita de agosto representa um momento crítico para os mineradores, que estão enfrentando desafios econômicos com as taxas baixas de hash. No entanto, os mineradores de Bitcoin podem voltar a faturar mais se os preços de hash aumentarem em paralelo com um aumento da atividade.

Mineradoras se adaptam para continuarem lucrativas

Com os desafios recentes do setor, as empresas especializadas na mineração de Bitcoin estão buscando formas de se manter lucrativas. Por exemplo, grandes empresas do setor já estão trabalhando na revisão de seus equipamentos de mineração.

A empresa canadense Bitfarms também citou estratégias que envolvem a expansão para novas regiões geográficas, além de atualizações em sua frota.

Em agosto, a mineradora surpreendeu o mercado graças a uma valorização expressiva de quase 22% em suas ações. Isso veio logo após ela anunciar os resultados do segundo trimestre, que vieram acima das expectativas.

No entanto, o desempenho não foi efetivamente positivo. Afinal, a receita total da Bitfarms chegou a US$ 42 milhões, o que representa uma redução de 16% em relação ao primeiro trimestre. Mesmo assim, a expectativa era de um resultado pior.

Empresas de mineração buscam lucros no Paraguai

Com a maior dificuldade de minerar Bitcoin e o aumento dos custos de energia, muitas empresas de mineração estão levando suas operações (ou parte delas) a mercados alternativos. Por exemplo, o Paraguai vem se tornando um destino frequente na América do Sul. Afinal, tem uma produção de energia considerável sem um consumo tão elevado.

Atualmente, há mais de 50 empresas de mineração de BTC atuando legalmente no Paraguai. Apesar disso, na metade do ano, o governo anunciou um aumento do preço da energia para o setor.

Isso ocorreu após uma série de interrupções no fornecimento de eletricidade causadas por operações de mineração de criptomoedas. O governo também impôs penalidades mais rigorosas para combater o roubo de energia elétrica.

A Capamad, representante de mineradores de criptomoedas, reconheceu a importância de medidas contra atividades ilegais. No entanto, pediu ao governo que reconsiderasse as condições impostas aos mineradores legais.

A entidade alegou que muitas empresas estão em uma situação complicada para manter suas operações financeiramente viáveis. Por isso, pediu uma revisão urgente do aumento tarifário planejado, destacando a importância das operações como fonte de receita para a economia paraguaia.

A Capamad também mencionou que essas empresas já realizaram investimentos que ultrapassam os US$ 700 milhões, o que representaria o maior investimento estrangeiro direto já recebido pelo Paraguai.

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