Projetos cripto perderam US$ 310 milhões com fraudes em agosto
Agosto registrou um aumento nos golpes envolvendo criptomoedas, com perdas impressionantes de US$ 310 milhões na soma de diversos casos. Esse foi o segundo maior volume de perdas mensais deste ano.
Segundo um relatório da empresa de segurança em blockchain CertiK, US$ 10,3 milhões desses ativos acabaram recuperados ou devolvidos. Portanto, o prejuízo líquido foi de US$ 300,6 milhões. Incidentes de phishing foram os mais prejudiciais, representando aproximadamente US$ 293 milhões das perdas totais.
Duas fraudes com phishing levaram à perda de US$ 238 mi
Dois ataques de phishing em larga escala resultaram no roubo de US$ 238 milhões em Bitcoin e US$ 55 milhões na stablecoin DAI. Além dos casos de phishing, houve perdas notáveis em agosto com ataques a diversos projetos de criptomoedas.
Por exemplo, um hacker white hat atacou a Ronin Network, uma sidechain baseada em Ethereum Virtual Machine (EVM), no dia 6 de agosto. Isso levou ao roubo de 4.000 ETH, avaliados em US$ 9,85 milhões na época.
Além disso, ataques do tipo “flash loan” (empréstimos relâmpago), resultaram em perdas de US$ 1,2 milhão em agosto. Esse é um número preocupante, apesar de mais baixo na comparação com meses anteriores.
Em contraste com o aumento dos casos de phishing e de outras formas de exploit, os golpes do tipo “exit scam” tiveram um declínio significativo. Afinal, as perdas caíram para US$ 800 mil em agosto, abaixo dos cerca de US$ 3 milhões em julho.
Os scammers estão diversificando suas fraudes. Por exemplo, passaram a incorporar esquemas com caixas ATM de criptomoedas. Nesse caso, o objetivo deles é explorar falhas de segurança desses pontos de troca para enganar as vítimas.
Segundo o Internet Crime Complaint Center do FBI, houve mais de 2 mil queixas envolvendo o uso de ATMs de criptomoedas, em 2023, por pessoas acima de 60 anos.
Transações ilícitas de criptos caíram em 2024
Um relatório recente da Chainalysis revelou uma queda nas transações ilícitas de criptomoedas em 2024, mesmo com o aumento de tipos específicos de atividades criminosas no setor.
O relatório foi publicado no dia 15 de agosto, atualizando os dados de crimes com criptomoedas do meio do ano. Segundo o documento, algumas fraudes vêm se tornando cada vez mais comuns. Aliás, duas categorias, em particular, tiveram um aumento: fundos roubados por meio de hacking e ataques de ransomware.
Até o final de julho, o valor cumulativo de criptomoedas roubadas havia chegado a US$ 1,58 bilhão. Portanto, houve um aumento de 84% na comparação com o mesmo período em 2023. O número de incidentes de hacking aumentou apenas ligeiramente (2,8% ano a ano). No entanto, o valor médio dos roubos subiu dramaticamente.
No início deste ano, agências federais, incluindo o FBI e o Departamento de Justiça dos EUA, reprimiram quase 3.000 “mulas”. Ou seja, indivíduos que coletam e transferem o dinheiro em nome das redes internacionais que operam essas fraudes.
As redes criminosas chegaram a recrutar estudantes universitários para coletar pagamentos de vítimas e abrir contas bancárias fraudulentas para canalizar os lucros ilícitos.
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