PIB do Brasil cresce +3,4% em 2024
Por mais de uma década, o Cryptonews cobre a indústria de criptomoedas, com o objetivo de fornecer insights informativos aos nossos leitores. Nossos jornalistas e analistas possuem vasta experiência em análise de mercado e tecnologias de blockchain. Nossa equipe se esforça diariamente para manter altos padrões editoriais, focando na precisão factual e na reportagem equilibrada em todas as áreas - desde criptomoedas e projetos de blockchain, até eventos da indústria, produtos e desenvolvimentos tecnológicos. Nossa presença contínua na indústria reflete nosso compromisso em fornecer informações relevantes no mundo em evolução dos ativos digitais. Leia mais sobre o Cryptonews.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve um salto de +3,4% em 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o maior crescimento da economia brasileira desde 2021.
De acordo com o IBGE, o PIB fechou o ano em R$ 11,7 trilhões. Além disso, o PIB per capita cresceu +3% em termos reais.
Por outro lado, o mercado prevê uma desaceleração da economia em 2025, com crescimento menor que o do último ano. Isso deve ocorrer em meio ao aumento dos juros a nível global, que vem afetando até mesmo a demanda por criptomoedas como o Bitcoin (BTC).
Indústria e serviços puxam o PIB brasileiro
O resultado do PIB em 2024 teve como principais impulsionadores a indústria e os serviços. Afinal, no primeiro caso, o avanço foi de +3,3%, enquanto no segundo foi de +3,7%. Por outro lado, a agropecuária recuou -3,2% em relação a 2023.
O desempenho ruim da agropecuária se deveu principalmente à agricultura, que teve resultado negativo e acabou anulando os números positivos da pecuária, produção florestal e pesca. Segundo o IBGE, a razão disso foi uma série de efeitos climáticos adversos que acabaram impactando culturas importantes como a soja e o milho.
No caso da indústria, o principal destaque foi o setor de construção civil, que teve uma alta de +4,3%. Além disso, os setores de transformação, com destaque para a indústria automotiva, e de eletricidade e gás, apresentaram resultados positivos.
Por fim, a indústria de serviços apresentou resultados positivos em diversos setores. Por exemplo, o comércio subiu +3,8%, enquanto o setor de informação e comunicação disparou +6,2%. Também tiveram destaque as atividades imobiliárias, assim como as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados.
Pelo lado da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu +7,3%, com aumento da produção interna e da importação de bens de capital. Houve uma subida de +4,8% no consumo das famílias e de +1,9% no consumo do governo. Por fim, a taxa de investimento cresceu de 16,4% do PIB em 2023 para 17% em 2024.
PIB deve desacelerar em 2025
Apesar dos números positivos, o PIB brasileiro deve ter um resultado inferior em 2025. Pelo menos, essa é a previsão do mercado e do próprio governo. Os números do quarto trimestre de 2024 já apontam para essa tendência, uma vez que vieram mais fracos do que se esperava.
Entre as razões para as previsões menos otimistas para este ano, está o aumento dos juros. Afinal, eles passaram a subir ainda em 2024, após baixarem no início do governo Lula. A mudança no comando do Banco Central, agora sob a presidência de Gabriel Galípolo, não deve alterar a perspectiva de juros altos este ano.
Isso tem como pano de fundo o aumento da inflação, que muitos analistas colocam como efeito de um controle fiscal insuficiente do governo federal. No entanto, também tem relação com o contexto internacional. Afinal, a expectativa de juros altos nos EUA e em outras partes do mundo impacta negativamente os investimentos estrangeiros no Brasil.
Ao mesmo tempo, o aumento do protecionismo tende a machucar as exportações brasileiras. A desaceleração do crescimento chinês já era uma tendência nesse sentido. Agora, a política comercial de Donald Trump pode provocar ainda mais danos nesse sentido.
O cenário internacional adverso também vem provocando alta volatilidade nos preços das criptomoedas. Aliás, um dos efeitos disso vem sendo a diminuição na compra de criptos pelos brasileiros, na mesma linha do que ocorre a nível global.

Leia mais:






