CVM aprova primeiro ETF de Solana, novos impostos sobre cripto e outros destaques da semana
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Esta semana, no mercado de criptomoedas, o Bitcoin despencou para US$ 49 mil em meio a crescente aversão ao risco global. Além disso, o BTG lançou uma ferramenta de negociação automática de criptos, enquanto Trump propôs usar Bitcoin para pagar dívidas dos EUA.
Por fim, a CVM aprova o primeiro ETF de Solana no Brasil e o Senado prepara-se para votar impostos sobre criptomoedas em outubro.
- Bitcoin derrete e chega a US$ 49 mil devido à aversão ao risco no mundo todo
- BTG cria ferramenta que compra e vende melhores criptomoedas automaticamente
- Trump sugere Bitcoin para pagamento da dívida americana
- CVM aprova primeiro ETF de Solana do Brasil
- Senado votará impostos sobre criptomoedas em outubro
Bitcoin derrete e chega a US$ 49 mil devido à aversão ao risco no mundo todo
O mercado de criptomoedas enfrentou uma queda acentuada nesta segunda-feira (04/08), com o Bitcoin caindo mais de 15% e sendo negociado a pouco mais de US$ 49 mil, o valor mais baixo desde fevereiro.
Simultaneamente, o Ethereum despencou cerca de 22%, atingindo US$ 2.281, seu menor nível desde janeiro e a maior queda desde maio de 2021. Globalmente, a capitalização de mercado das criptomoedas caiu para US$ 1,94 trilhão, refletindo uma redução de 13% nas últimas 24 horas.
José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, atribui esse desempenho negativo à crescente aversão ao risco entre os investidores internacionais, exacerbada pela decisão surpresa do Banco Central do Japão de elevar as taxas de juros e indicar futuros aumentos. Esse movimento impactou diretamente a liquidez global e a disposição para investimentos de risco.
Além disso, o índice Nikkei 225 do Japão também registrou quedas significativas, acumulando uma desvalorização de 12,40% recentemente. Nos Estados Unidos, o cenário econômico também alimentou o pessimismo, especialmente após um relatório de emprego de julho desfavorável, que aumentou a preocupação com uma possível recessão.
Apesar dessas preocupações, as expectativas de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve em setembro oferecem alguma esperança. Sobretudo, se confirmado, este corte poderá beneficiar o Bitcoin e outras criptomoedas, sinalizando um possível alívio para o mercado em um futuro próximo.
BTG cria ferramenta que compra e vende melhores criptomoedas automaticamente
O BTG Pactual lançou uma nova ferramenta na plataforma Mynt para automatizar investimentos em criptomoedas, permitindo a compra e venda automáticas baseadas em recomendações de especialistas. A ferramenta, chamada Modo Inteligente, não implicará custos adicionais para os usuários e ajustará as carteiras de acordo com as atualizações das Carteiras Recomendadas do banco.
André Portilho, head de Digital Assets do BTG Pactual, destacou que a automatização ajuda os investidores a manterem uma carteira equilibrada, alinhada às oportunidades e necessidades do mercado. Ele enfatizou a importância de apoio especializado para capturar oportunidades e minimizar riscos no crescente mercado de criptoativos.
Além disso, o BTG Pactual oferece insights sobre criptomoedas promissoras para o segundo semestre de 2024, incluindo Bitcoin, Ethereum, Solana, Avalanche e Render. A plataforma Mynt do banco fornece um ambiente onde essas recomendações são aplicadas, facilitando para os investidores acompanhar o desempenho desses ativos.
Por fim, a iniciativa visa tornar os investimentos em cripto mais acessíveis e menos intimidadores para os usuários, aproveitando o conhecimento e a experiência dos analistas do banco.
Trump sugere Bitcoin para pagamento da dívida americana
Donald Trump, ex-presidente dos EUA e candidato republicano à presidência, sugeriu utilizar Bitcoin para pagar a dívida nacional americana, que atualmente ultrapassa US$ 35 trilhões.
Em uma entrevista relatada pela Bloomberg, Trump propôs a emissão de um “cheque cripto” no valor de US$ 35 trilhões para liquidar a dívida. Ele expressou seu interesse contínuo nas criptomoedas, vendo-as como uma inovação necessária para o país.
Paralelamente, a senadora republicana Cynthia Lummis Wiederspahn introduziu um projeto de lei visando estabelecer uma reserva estratégica de Bitcoin nos EUA, propondo que o Tesouro adquira 5% do suprimento total de BTC para mantê-lo por pelo menos 20 anos.
A dívida interna dos EUA, que aumenta rapidamente, incitou discussões sobre alternativas de financiamento e redução de déficit.
O crescente interesse em Bitcoin como potencial reserva de valor em tempos de crise financeira também foi trazido à tona, embora sua aceitação como tal ainda seja debatida. Isto se deve à sua volatilidade e natureza relativamente nova comparada a ativos tradicionais como ouro e propriedades.
CVM aprova primeiro ETF de Solana do Brasil
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil aprovou o primeiro fundo negociado em bolsa (ETF) baseado na criptomoeda Solana, marcando um movimento pioneiro no mercado financeiro brasileiro e global. Este ETF, que ainda aguarda a aprovação final da bolsa de valores brasileira B3 para estar disponível ao investidor, segue o CME CF Solana Dollar Reference Rate.
A gestão do ETF será realizada pela QR Asset em parceria com a Vortx, com foco em oferecer diversificação e qualidade aos investidores do mercado cripto.
A aprovação desse ETF de Solana coloca o Brasil à frente em termos de inovação financeira, especialmente em comparação com os Estados Unidos. Lá, a SEC começou apenas recentemente a aprovar ETFs de criptomoedas como Bitcoin e Ether.
O cenário brasileiro de ETFs cripto é promissor, dado o sucesso de lançamentos anteriores de ETFs de Bitcoin e Ethereum.
Este novo fundo da Solana reforça a posição do Brasil como um líder na adoção de tecnologias financeiras avançadas, incluindo o uso de blockchain para aplicações como a identidade digital nacional e o desenvolvimento do real digital, chamado Drex, cujo lançamento foi postergado para 2026.
Senado votará impostos sobre criptomoedas em outubro
O Senado brasileiro discutirá em outubro a introdução de dois novos impostos sobre Bitcoin e outras criptomoedas. O plano faz parte da reforma tributária proposta pelo senador Izalci Lucas (PL-DF).
O projeto de lei complementar (PLP) 68/2024 propõe substituir cinco tributos existentes por três novos, incluindo impostos específicos sobre criptomoedas.
Este movimento visa enquadrar exchanges e outras empresas do setor financeiro digital sob regimes tributários específicos. Dessa forma, incidirá a cobrança de 17,7% de Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e 8,8% de Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
O senador destacou que a reforma, ainda em discussão, pode sofrer alterações antes da votação final. Adicionalmente, a reforma prevê mecanismos automáticos para a arrecadação de impostos via transações digitais e um sistema de “split payment” para facilitar a distribuição dos impostos coletados.
Uma característica notável da proposta é um sistema de cashback de impostos, voltado principalmente para famílias de baixa renda. Como resultado, isto irá proporcionar a devolução de parte dos tributos pagos em compras diversas.
Por fim, a votação do texto só ocorrerá após as eleições municipais em outubro, para evitar influências do período eleitoral nas discussões e decisões legislativas.
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