Músicas inéditas de Eminem são roubadas e trocadas por Bitcoin
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Um ex-engenheiro de som de Eminem foi acusado na quarta-feira (19/3) de roubar, vazar e vender músicas inéditas do rapper por cerca de US$ 50.000 em Bitcoin (BTC).
As autoridades acusam Joseph Strange (46 anos), do Michigan, de violação criminal de direitos autorais e transporte interestadual de bens roubados. As informações são de um comunicado do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ).
Em caso de condenação, Strange pode pegar até 15 anos de prisão. Também está sujeito a uma multa de até US$ 250.000.
A reportagem do New York Times afirma ter visto os registros do tribunal. E que Strange vendeu cerca de 25 músicas que Eminem escreveu entre 1999 e 2018.
Além disso, de acordo com o DOJ, o FBI identificou e localizou vários indivíduos que compraram o material inédito. Aliás, foram essas pessoas que identificaram Strange como o vendedor.
Alguns fãs disseram ao FBI que compraram músicas diretamente de Strange. Um deles afirmou que pagou cerca de US$ 1.000 por duas músicas, presumivelmente em Bitcoin. No entanto, essas pessoas não estão enfrentando acusações.
“Nós vamos te encontrar”
Strange trabalhou para Eminem entre 2007 e 2021. Ele era um dos quatro funcionários com acesso aos discos rígidos protegidos por senha do estúdio onde estavam as músicas de Eminem.
Os funcionários do estúdio do rapper em Michigan contataram o FBI em meados de janeiro de 2025, segundo o comunicado do DOJ. Afinal, encontraram músicas inéditas — ainda em processo de desenvolvimento — à venda em diversos sites.
Registros judiciais mostram que as músicas também foram reproduzidas em sites como o YouTube e o Reddit, conta o New York Times,.
Em um post já excluído, Fredwreck, um produtor de longa data associado a Eminem e Dr. Dre, ameaçou o responsável pelo vazamento antes que houvesse informações sobre sua identidade. Fredwreck disse que eles o encontrariam e o puniriam de acordo com a “lei das ruas”.
No entanto, um informante contatou Fredwreck, abrindo a porta para a solução do caso.
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Fã de Eminem ajudou a solucionar o caso
De acordo com os registros, o informante era um fã de Eminem que usava o nome de usuário Doja Rat. O homem de 31 anos, que vive no Canadá, afirmou ao FBI que havia comprado as músicas desde meados de 2024.
Para isso, Doja Rat arrecadou US$ 50.000 de um grupo de fãs de Eminem.
Além disso, em uma busca na casa de Strange, o FBI teria encontrado milhares de arquivos de música, além de folhas com letras manuscritas de Eminem em um cofre. Havia até mesmo a fita VHS de um videoclipe inédito.
Presumivelmente, Strange pretendia fazer mais vendas em troca de BTC.
Em uma declaração ao The Detroit Free Press, o porta-voz do rapper descreveu o vazamento como um:
“…dano significativo provocado por um funcionário de confiança ao legado artístico e à integridade criativa de Eminem.”
Segundo ele, o incidente teria causado “enormes perdas financeiras” a diversos criadores e colaboradores do rapper.
Além disso, de acordo com uma declaração do porta-voz ainda em janeiro, as músicas eram “experimentos (…) esforços de estúdio nunca destinados ao consumo público.”
Segundo uma reportagem de abril de 2024, Eminem foi uma entre diversas celebridades que lançaram tokens não fungíveis (NFTs) próprios.

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