Lucro da B3 chega a R$ 1 bilhão com crescimento de futuros de Bitcoin

A B3 S.A. (B3SA3), bolsa de valores do Brasil, registrou um aumento significativo no lucro líquido no primeiro trimestre de 2025. Assim, os resultados divulgados nesta sexta-feira (9/5) apontam um lucro de R$ 1,1 bilhão, um crescimento de 16,5% em relação ao mesmo período de 2024.
O ganho por ação foi de R$ 0,21, um avanço de 24,5% na comparação anual. A receita total da B3 também apresentou crescimento, atingindo R$ 2,7 bilhões. Dessa forma, isso representa um aumento de 7,7% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior.
A empresa atribui o desempenho positivo principalmente aos programas de recompra de ações, que movimentaram cerca de 0,8% do capital social da companhia nos primeiros três meses deste ano. Além disso, a B3 adotou uma nova segmentação de receitas, refletindo sua estratégia de crescimento.
A mudança visa otimizar a apresentação dos resultados, destacando tanto os mercados tradicionais quanto as novas áreas de atuação da empresa. Dessse modo, o segmento de Mercados inclui derivativos, renda fixa, crédito, ações e empréstimos de ativos. Já as Soluções para o Mercado de Capitais abrangem dados, serviços para o mercado à vista e soluções para emissores.
Futuros de Bitcoin em alta na B3
A diversificação também abrange as Soluções Analíticas de Dados, que incluem financiamentos de veículos, imóveis e plataformas tecnológicas. Assim, o segmento Tecnologia e Plataformas agrega receitas de produtos tecnológicos e serviços de apoio ao mercado.
De acordo com o diretor-executivo financeiro da B3, André Veiga Milanez, essa nova abordagem permite uma visão mais clara dos resultados e demonstra o potencial de crescimento contínuo. Um dos destaques do período foi o aumento no volume dos futuros de Bitcoin.
Além do Bitcoin, moedas recém-lançadas também podem ganhar grande adoção.
O segmento de derivativos registrou um volume médio diário (ADV) de 8,9 milhões de contratos, uma queda de 9,4% em comparação com o ano anterior.
No entanto, a receita por contrato (RPC) aumentou 29,3%, refletindo a estratégia bem-sucedida da B3 em focar produtos de maior valor agregado. O produto que mais se destacou foi o Futuro de Bitcoin, que registrou um ADV de 243 mil contratos, uma alta de 17,9% em relação ao último trimestre de 2024.
A receita gerada por esse segmento foi de R$ 47 milhões, impulsionada pelo crescente interesse de investidores institucionais e individuais em derivativos de criptomoedas.
CDBs também estão em alta
No mercado de derivativos de balcão, as emissões cresceram 18,9%, com os swaps registrando um aumento expressivo de 50,4%. Já no mercado de renda fixa e crédito, o volume de novas emissões bancárias subiu 15,3%, destacando-se os CDBs, que representaram 76,2% das emissões.
O segmento Tecnologia e Plataformas apresentou crescimento robusto, com receitas de R$ 307,3 milhões, representando 11,6% do total. Esse aumento de 9,0% se deve ao crescimento no número de clientes do segmento Balcão e aos reajustes anuais de preços influenciados pela inflação.
O serviço de co-location, que oferece baixa latência para traders institucionais, foi um dos produtos mais procurados. As receitas com serviços de apoio ao mercado também registraram avanço, somando R$ 129,1 milhões, um crescimento de 42,1%.
O aumento foi impulsionado pelo maior número de cotas de fundos e pelo crescimento da receita com o floating do Banco B3. As despesas totais caíram 10,6%, mas, ao excluir a amortização da aquisição da Cetip, as despesas ajustadas subiram 8,5%. Os resultados da B3 refletem um momento positivo para a companhia, que soube diversificar suas fontes de receita e investir em novas tecnologias.
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