Primeiro ETF de Solana no Brasil estreia com R$ 15,5 milhões de fundos sob gestão
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Um novo ativo está atraindo os olhares do mercado. O ETF QSOL11 baseado na rede Solana e lançado pela QR Capital estreou com sucesso no Brasil. Logo na primeira semana de oferta, o ativo atraiu R$ 15,5 milhões em investimentos.
Mesmo contando com investidores empolgados, a moeda em questão não obteve o mesmo sucesso que o correspondente em BTC. Quando lançado no Brasil, o ETF de Bitcoin HASH11 teve uma movimentação de R$ 600 milhões quase que instantaneamente. Já o QBTC11 obteve uma captação equivalente a R$ 103 milhões. Comparado com esses dois ativos, o ETF da Solana pode ser considerado pouco procurado pelos investidores.
O QSOL11 está listado na B3, que é líder de mercado. A posição de destaque provocou grande expectativa dos investidores e dos especialistas para com os resultados do lançamento. Mesmo com rendimentos mais baixos do que o esperado nesta primeira semana, existe a possibilidade que a procura aumente devido à exposição do ativo aos investidores de uma das maiores bolsas em operação no Brasil.
Tudo sobre o QSOL11 e possibilidades do novo ativo
O ETF da Solana é administrado pela Vórtx Fintech, referência na área de tokenização e infraestrutura de redes. Inicialmente, o ativo deveria custar R$ 10 por cota. Como dito antes, está listado na B3 que é uma das maiores bolsas do mundo.
O ativo está atrelado ao CME CF Solana Dollar Reference. Esse é um índice projetado para rastrear o valor do token SOL em dólar norte-americano. Segundo especialistas, esse é um índice confiável e com boa transparência. Além disso, o índice em questão surgiu em parceria por duas empresas com reputação considerável no mercado. Estamos falando da Chicago Mercantile Exchange (CME) e da Crypto Facilities (CF).
Com relação ao lançamento do ETF, inicialmente esperava-se que seria listado pela Hashdex, empresa líder em gestão de ativos no mercado brasileiro. No entanto, a QR Capital tomou a frente como já havia feito com ativos indexados à rede Ethereum.
Os dirigentes da fintech estão animados com a chegada de mais um ETF ao mercado por meio da empresa. Theodoro Fleury, gestor da empresa, destaca que a Solana é uma das criptomoedas mais promissoras do mercado. Isso porque oferece uma blockchain rápida e escalável, perfeita para quem quer explorar contratos inteligentes.
O Brasil foi pioneiro com o ETF da rede Solana
Com a chegada do QSOL11 ao mercado brasileiro repercutiu também no mercado internacional. Isso porque o país foi pioneiro na aprovação do ativo, mostrando mais uma vez que está bastante receptivo à tokenização. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) saiu na frente da SEC dos Estados Unidos, já que os pedidos de liberação de produtos parecidos ainda não foram apreciados no país.
Recentemente, a empresa VanEck apresentou um pedido de listagem de um ETF baseado em Solana nos Estados Unidos. Mesmo com êxito na aprovação de ativos baseados em BTC e Ether, o requerimento ainda não foi aceito pelo órgão responsável. Logo depois disso, a 21Shares também protocolou um pedido de aprovação para ETF de SOL, ainda sem resposta.
Para o CEO da empresa, Jan VanEck, o processo de aprovação está seguindo o curso normal. Isso porque a presidência da SEC está sendo ocupada por um opositor das criptomoedas, que é Gary Gensler. Cenário que pode mudar com a eleição de um novo presidente nos Estados Unidos.
VanEck acredita que a eleição do republicano Donald Trump pode acelerar o processo de aprovação de novos ETFs, que hoje acaba sendo demorado por conta de burocracias internas e falta de engajamento político para novas aprovações. Além disso, a empresa afirmou que está à disposição da SEC para apresentar novos documentos ou ainda acompanhar o trâmite do processo.
Crescimento dos ETFs de criptomoedas e impulsos de mercado
Assim que os primeiros ETFs foram lançados, houve uma verdadeira corrida dos investidores para comprar os primeiros ativos. No entanto, a FOMO em torno desse tipo de investimento desacelerou com o tempo. Logo os ETFs tiveram uma baixa de procura e consequentemente menos investidores mantiveram os ativos sob gestão.
Prova disso são os números apresentados pela CoinShares recentemente. Os fundos tiveram saídas líquidas de mais de US$ 305 milhões desde o final do mês até agora. Neste cenário, o Brasil foi um ponto fora da curva. O país apresentou entradas líquidas de mais de US$ 2,8 milhões no mesmo período. Na lista de países com boas entradas, estão também Suíça, Hong Kong e Austrália.
Isso indica que ainda há chances de aceitação dos ativos. Especialmente para ETFs ligados a criptomoedas em ascensão, justamente como é o caso da Solana. Isso porque se percebe que os investidores não querem apenas produtos baseados em BTC. Resta maior celeridade por parte dos órgãos reguladores, a exemplo do que fez a Comissão de Valores Mobiliários no Brasil.