Índia considera banir Bitcoin e outras criptos para priorizar sua CBDC

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O governo da Índia defende com firmeza que as CBDCs oferecem uma solução mais segura e regulamentada, quando comparadas às criptos.
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Pedro Augusto
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Thiago Luiz Lapa
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Índia

A Índia avalia a possibilidade de proibir o uso de criptomoedas como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH). O país alega que as moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs) são mais seguras e eficientes.

Fontes governamentais indicam que há uma percepção crescente de que os benefícios das criptomoedas não superam os riscos envolvidos. Por outro lado, as CBDCs podem cumprir funções semelhantes, mas com maior controle estatal e menor volatilidade, o que é visto como uma vantagem importante.

As discussões sobre essa proibição estão ganhando força no país. Um documento preliminar já está em fase de consulta pública, e reguladores parecem concordar que as criptomoedas privadas, inclusive stablecoins, representam um perigo real para a estabilidade financeira.

Um funcionário do governo, que preferiu manter o anonimato, afirmou que “as CBDCs podem realizar as mesmas transações que os criptoativos, mas sem os riscos de mercado associados às criptomoedas”.

Em suma, a preocupação do governo indiano é a volatilidade e a falta de controle sobre os criptoativos, em especial sua natureza descentralizada, que são vistas como ameaças à economia do país.

Índia aposta na expansão da rupia digital, apesar da popularidade do Bitcoin

A Índia, conhecida por estar entre os países com maior número de usuários de criptomoedas, vem chamando atenção em relatórios da Chainalysis. O motivo é a sua vasta base de adeptos do Bitcoin e outros criptoativos. Milhões de indianos já adotaram essas moedas digitais, o que reforça o país como um dos líderes globais nesse mercado.

Apesar dessa popularidade, o governo indiano mantém o foco em uma estratégia diferente: a expansão da rupia digital, sua moeda digital emitida pelo Banco de Reserva da Índia (RBI).

Desde o seu lançamento em 2022, a rupia digital já alcançou mais de 5 milhões de usuários, com a participação de 16 bancos no projeto.

O interesse do governo indiano nas moedas digitais emitidas pelo banco central não é algo recente. Shaktikanta Das, governador do Banco de Reserva da Índia, tem reiterado que a programabilidade das CBDCs é um ponto-chave para promover a inclusão financeira no país.

Para ele, o controle e a flexibilidade oferecidos pela moeda digital estatal são ferramentas essenciais para melhorar a acessibilidade aos serviços financeiros, especialmente em regiões menos atendidas.

Governo indiano defende CBDC como alternativa segura às criptomoedas privadas

Enquanto a Índia avança no desenvolvimento de sua própria CBDC, o futuro do Bitcoin no país ainda permanece incerto.

A proposta de proibição das criptomoedas descentralizadas, como o Bitcoin, está em debate, mas sem uma decisão definitiva.

Para muitos especialistas do setor de criptoativos, essa possível proibição é vista como um movimento do governo para exercer maior controle sobre o sistema financeiro. Como resultado, isto sacrificaria a liberdade financeira que as criptomoedas proporcionam.

Por outro lado, o governo indiano defende com firmeza que as CBDCs oferecem uma solução mais segura e regulamentada. Esta viria sem os riscos típicos das criptomoedas privadas, como fraudes ou perdas bruscas de valor.

Além disso, o controle sobre o sistema financeiro que as CBDCs proporcionam é um dos principais atrativos para as autoridades, uma vez que com criptomoedas descentralizadas, como o Bitcoin, esse controle é praticamente inexistente.

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