Hacker pede R$ 2,8 milhões em Bitcoins em troca de dados de clientes de banco
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Um hacker que teve acesso ao banco de dados da Neon solicitou quase 3 milhões em Bitcoins (BTC) como ‘moeda de troca’.
A instituição financeira confirmou o ataque na quinta-feira (16/02) após receber uma cópia das informações acessadas pelo criminoso.
Logo após a invasão, a empresa divulgou um alerta sobre tentativas de golpe e mensagens suspeitas para seus clientes.
Com mais de 30 milhões de usuários, a Neon criou seu banco digital em 2016, sendo um dos primeiros do Brasil.
Dessa forma, o próprio invasor anunciou o ataque através do fórum de mensagens Reddit na internet. O hacker, autodenominado Pegasus, pediu uma recompensa de 5 unidades de Bitcoin para não divulgar os dados de clientes da Neon que ele acessou.
Embora a mensagem tenha sido deletada, a invasão pode ter resultado no acesso a informações de até 30 milhões de usuários do banco digital.
No entanto, a Neon ainda não confirmou o número total de clientes afetados.
Hacker pediu Bitcoins para Neon
O hacker escolheu o Bitcoin como forma de pagamento na tentativa de extorsão em troca das informações da Neon. Assim, considerando a cotação atual da criptomoeda, o valor solicitado corresponde a R$ 2,78 milhões.
Durante a invasão, o hacker acessou dados como Nome, CPF, CNPJ, telefone e renda, segundo o Valor. Até mesmo arquivos sensíveis como fotos de documentos, selfies e histórico de compras fazem parte das informações vazadas.
Em comunicado sobre o ocorrido, o banco digital afirma que a invasão ainda está sendo investigada. Além disso, a empresa reitera que as informações recolhidas não permitem o acesso a contas bancárias.
“A Neon está investigando a alegação de vazamento de dados com tentativa de extorsão realizada nesta manhã e, já deletada, em um fórum hacker. Afirmamos que, nas nossas investigações até o momento, os detalhes de informações apresentados na postagem não são factíveis com as informações obtidas e apuradas pela Neon.”
Extorsão com criptomoedas
Crimes envolvendo extorsão com ativos digitais como o bitcoin não são incomuns na internet. Além da recente invasão da Neon, outras empresas e órgãos governamentais foram alvos de ataques com hackers.
Em 2021, a multinacional brasileira JBS desembolsou US$ 11 milhões em bitcoin após ter seu sistema invadido. O valor corresponde ao segundo maior resgate já pago na história com criptomoedas.
O banco BRB também foi alvo de extorsão com bitcoins no Brasil. A instituição financeira teve que transferir cerca de US$ 1 milhão em bitcoins para recuperar seu sistema bloqueado pelos invasores.
Em setembro de 2023, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) teve seu sistema comprometido pelo mesmo motivo.
Órgãos como o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Polícia Federal (PF) estão entre as vítimas de extorsão com criptomoedas no país.
Portanto, com o ataque o banco Neon afirma que tomou todas as medidas para aumentar a segurança de todo o sistema. Ou seja, a invasão está sendo investigada, e o hacker Pegasus não foi identificado até o fechamento desta matéria.
Contudo, a instituição também não afirmou se concluiu o pagamento em bitcoins conforme foi solicitado pelo invasor.

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