Grande julgamento de fraude envolvendo criptomoedas na França — 20 acusados, 1.300 vítimas
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Um julgamento de grande escala por fraude envolvendo criptomoedas se iniciou na segunda-feira em Nancy, França. Mais de 20 réus são acusados de enganar 1.300 vítimas por meio de esquemas falsos de investimento em criptomoedas e diamantes.
O caso, conhecido como “cartão vermelho”, ganhou grande atenção devido ao envolvimento de uma dúzia de clubes de futebol entre as vítimas. Alega-se que um total de € 28 milhões (cerca de R$ 172 milhões) foi roubado.
Acusados abriram 199 contas bancárias em 19 países
De acordo com a mídia local francesa, realizou-se o julgamento, que deve durar quatro semanas, em um centro de conferências para acomodar os 850 representantes das vítimas.
Os réus, com idades entre 28 e 73 anos, sofrem acusação por operarem sites fraudulentos entre 2016 e 2018, oferecendo oportunidades de investimento falsas em diamantes e criptomoedas.
Seduzidas por promessas de altos retornos, as vítimas sofreram perdas financeiras significativas, com algumas contraindo empréstimos para investir.
Segundo a Colman, um escritório de advocacia que representa cerca de 100 demandantes, uma vítima teria perdido € 400.000 em um “plano de poupança em diamantes”.
Os investigadores revelaram que os acusados abriram 199 contas bancárias em 19 países para transferir fundos. Contudo, recuperou-se cerca de € 2,8 milhões que podem compensar as vítimas.
Além de defraudar indivíduos, o esquema também visou clubes de futebol. Fraudadores com base em Marselha e Israel se passaram por agentes de jogadores profissionais.
Eles convenceram clubes como Sochaux, Angers e Toulouse a redirecionar pagamentos de salários para contas fraudulentas, custando-lhes aproximadamente € 60.000.
3 réus ainda permanecem foragidos
As autoridades identificaram cerca de 850 vítimas, algumas das quais investiram grandes partes de suas economias ou contraíram empréstimos para participar do que acreditavam ser oportunidades legítimas de investimento.
O caso, apelidado de “cartão vermelho” devido ao envolvimento de clubes de futebol, chamou ampla atenção.
O uso de criptomoedas permitiu transferências rápidas e difíceis de rastrear entre fronteiras, complicando os esforços para recuperar o dinheiro.
Doze indivíduos são acusados de usar suas identidades para abrir contas bancárias e transferir fundos roubados, enquanto outros são acusados de criar sites falsos ou adquirir diamantes falsificados.
Três réus permanecem foragidos e estão sendo julgados à revelia. O escritório de advocacia Colman, que representa cerca de 100 demandantes, afirmou que este julgamento representa uma posição significativa contra a fraude financeira internacional.
Governos seguem no combate a fraudes envolvendo criptomoedas
À medida que as criptomoedas ganham popularidade, seu uso para atividades ilegais como lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo também aumentou. Como resultado, os governos estão respondendo implementando medidas para combater esses problemas, incluindo apreensões de ativos.
Ademais, o Ato de Crime Econômico e Transparência Corporativa de 2023 do Reino Unido capacita as autoridades policiais a apreender, congelar e recuperar criptoativos ligados a atividades ilegais sem necessidade de prisão. As autoridades podem até destruir ativos quando necessário.
O Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA estabeleceu a Equipe Nacional de Aplicação de Criptomoedas (NCET), focada, sobretudo, em investigações criminais complexas relacionadas a cripto. Esta iniciativa complementa os esforços anteriores do FBI no combate a crimes de criptomoedas.
Por fim, outros países também estão tomando medidas para regular e prevenir o uso de criptomoedas em atividades criminosas.

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