Emissão do Solana pode mudar com inflação dinâmica que provoca escassez
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A comunidade por trás do Solana (SOL) está discutindo uma proposta de mudança na governança de emissão da criptomoeda. Chamada Solana Improvement Document (SIMD)-0228, a iniciativa reformula o tokenomics da rede ao introduzir um modelo de inflação dinâmica para os tokens SOL.
A proposta foi criada por Tushar Jain e Vishal Kankani, da Multicoin Capital, juntamente com Max Resnick, economista-chefe da Anza. A mudança substitui o cronograma fixo de inflação do Solana por um sistema que ajusta a emissão de tokens com base na participação em programas de staking.
Atualmente, o Solana segue um cronograma fixo de inflação que reduz gradualmente. Ele começa em 4,6% ao ano e diminui 15% a cada doze meses, até se estabilizar em 1,5%.
Solana tem nova proposta de emissão
O SIMD-0228 propõe uma abordagem mais flexível. O projeto aumenta a emissão de tokens quando a participação no staking cair abaixo do limite de 33%. Além disso, ele reduz a emissão de novas criptomoedas quando os níveis de staking forem altos.
A lógica por trás desse modelo é que uma taxa de staking mais alta indica segurança suficiente para a rede, permitindo recompensas menores e inflação mais controlada.
Assim, apoiadores argumentam que esse mecanismo tornaria o SOL mais escasso e valioso. Ou seja, isso pode beneficiar investidores de longo prazo e evitar a diluição excessiva dos tokens.
Dessa forma, a inflação poderia cair para menos de 1% ao ano, no modelo proposto, com uma taxa atual de staking em 65%.
Por outro lado, se os níveis de staking caíssem para o limite de 33%, a taxa de inflação aumentaria para incentivar a participação dos detentores de SOL.
Mudança do Solana aguarda votação
A proposta ainda deve passar por votação na epoch 753. A medida apresenta discussões que se intensificam entre a liderança da Solana e participantes mais amplos do ecossistema.
Notavelmente, o cofundador da Solana, Anatoly Yakovenko, e o fundador da Helius, Mert Mumtaz, expressaram apoio ao SIMD-0228. Mumtaz argumenta que isso fortaleceria a rede Solana.
Ele destacou que, mesmo que a proposta não seja aprovada, o amplo debate em torno dela contribuirá para a maturidade de todo o ecossistema.
A Helius também publicou uma análise detalhada examinando as possíveis implicações da proposta.
No entanto, nem todos na comunidade Solana estão convencidos da mudança.
A presidente da Solana Foundation, Lily Liu, expressou ceticismo. Ela descreveu o SIMD-0228 como algo “prematuro”, alertando que seus rendimentos imprevisíveis no staking poderiam afastar investidores institucionais.
Assim, ela pediu também uma reavaliação mais ampla do modelo proposto antes de sua implementação.
Em resposta, os autores da proposta defenderam o plano. Eles afirmam que a proposta passou por quase dois meses de discussões e incorporou diversas contribuições da comunidade.
Concorrência por ETFs de Solana esquenta
Vale destacar que os concorrentes estão avançando rapidamente com seus ETFs de Solana. A gigante de investimentos Franklin Templeton recentemente registrou o Franklin Solana Trust em Delaware.
Desse modo, o registro segue pedidos semelhantes da Canary Capital e da Grayscale. Os dois já foram reconhecidos pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
A VanEck foi a primeira a propor um ETF de Solana em junho de 2024. A gestora desencadeou uma série de registros logo em seguida de fundos apoiados em SOL.
Contudo, a BlackRock permaneceu ausente na corrida por um ETF de Solana.
Sendo assim, é importante ressaltar que obstáculos regulatórios podem impactar significativamente o cronograma de aprovação de um ETF com Solana. Apesar desses desafios, analistas da Bloomberg especializados em ETFs estimam uma chance de 70% de aprovação pela SEC.

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