Eleições – Defensores do Bitcoin não se elegem em São Paulo
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O primeiro turno das eleições municipais teve um saldo duvidoso para quem milita em prol do Bitcoin no Brasil. Afinal, dois candidatos que costumam levantar a bandeira das criptomoedas não se elegeram: Raphaël Lima (NOVO) e Paulo Kogos (União Brasil).
No entanto, o resultado dessas candidaturas pode não ter sido tão desprezível. Isso porque ambos conseguiram mais de 10.000 votos. Eles concorriam a cargos de vereador na capital paulista. Portanto, o impacto que poderiam ter na vida dos usuários de criptomoedas, caso se elegessem, é bastante limitado.
Apesar disso, a posição mais próxima do libertarianismo econômico, pela qual os dois se caracterizam, vem obtendo visibilidade e pode conquistar mais votos nas próximas eleições, inclusive a nível nacional.
A lista de vereadores eleitos já está disponível no site da Justiça Eleitoral. No entanto, as eleições não terminaram totalmente. Afinal, haverá segundo turno para prefeito em São Paulo — e o mesmo ocorrerá em diversas outras capitais.
Candidato do Partido Novo ficou como suplente
Raphaël Lima disputou sua primeira eleição para vereador, concorrendo pelo Partido Novo em São Paulo-SP. Com o número 30.777, usou o slogan “SP para cima” na campanha por uma vaga na Câmara Municipal.
Já com 100% das urnas apuradas nestas eleições, ele obteve 21.704 votos, tornando-se o segundo candidato mais bem votado pelo partido. No entanto, ficou bem atrás da primeira colocada, Cris Monteiro, que se elegeu vereadora com 56.899.
Portanto, Lima ficará como suplente de Cris Monteiro, com chance de assumir se ela deixar o cargo. Essa não é uma possibilidade tão remota. Afinal, ela pode concorrer a uma vaga a deputada em 2026, por exemplo. Apesar disso, o político do NOVO fez uma publicação em tom melancólico no Facebook, após a confirmação do resultado:
“É, não deu. Ainda assim, foram quase 22 mil pessoas que confiaram em mim, e tenho uma responsabilidade com todos vocês, com todos os doadores e todos pelo Brasil que torceram por essa campanha.”
Lima ficou conhecido como dono do canal Ideias Radicais, no YouTube, que tem mais de 800 mil seguidores.
Paulo Kogos fica longe da vaga em São Paulo
Assim como Raphaël Lima, o candidato a vereador Paulo Kogos (União Brasil) ficou com uma vaga de suplente em São Paulo nestas eleições. No entanto, tem outros 12 colegas de partido à sua frente na suplência. Ou seja, as chances de assumir o cargo são mínimas.
Com 11.263 votos, Kogos ficou bem abaixo do necessário para se eleger. Ao todo, o União Brasil obteve 7 cadeiras entre as 55 disponíveis na capital paulista. O partido faz parte da base de apoio ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição.
Até a publicação desta matéria, Kogos também não havia se pronunciado a respeito da derrota em São Paulo. Também não há notícias sobre os planos futuros do candidato em relação a outros cargos eletivos.
Em agosto deste ano, ele saiu em defesa do Bitcoin como uma forma de proteção contra o Estado. Durante sua participação no podcast TubaCast, Kogos também comentou que o ouro continua sendo sua escolha preferida nesse sentido:
“Se vocês querem falar em ativos financeiros, primeiro nós vamos falar de criptomoedas. Por que eu não acho que a criptomoeda é o investimento ideal no mundo ideal. Nós podemos ter o nosso ouro, nós podemos ter as nossas commodities. Mas nós sabemos como é que o Estado funciona. O Estado é uma gangue institucionalizada que vive do confisco dos nossos ativos. E, hoje, as criptomoedas, o Bitcoin… quando eu falo em criptomoedas, eu me refiro principalmente ao Bitcoin, ele é um hedge, é uma proteção contra a sanha do governo.”
Segundo o candidato derrotado em São Paulo, uma carteira de investimentos deve ter Bitcoin como uma forma de proteção contra o fisco. Também precisa ter commodities como uma maneira de obter rentabilidade, assim como dividendos de ações, pensando na questão da liquidez.
Eleições continuam com segundo turno para prefeito em SP
Com 100% das urnas apuradas, o segundo turno da disputa para a prefeitura de São Paulo está definido. Em uma disputa equilibrada, o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) disputarão o cargo no dia 27 de outubro.
Nunes terminou o primeiro turno na frente, com 29,48% dos votos válidos. Em seguida, veio Boulos, com 29,07%. A diferença foi de cerca de 25 mil votos. Em terceiro lugar, ficou o candidato Pablo Marçal, do PRTB. Ele recebeu 28,14% dos votos dos eleitores paulistanos. Portanto, também esteve bem perto de tirar Nunes ou Boulos do segundo turno.
A campanha em São Paulo foi especialmente movimentada este ano. Afinal, Marçal desafiou o cenário que se desenhava inicialmente, com uma polarização entre os candidatos apoiados pelo presidente Lula e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Em muitos momentos, esteve à frente deles nas pesquisas de opinião.
A disputa em São Paulo costuma atrair uma atenção especial da mídia devido à relevância econômica e política da cidade no contexto nacional. Não à toa, as principais lideranças do Estado, além dos presidenciáveis da vez, envolveram-se na disputa.
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos têm posições moderadas em relação aos criptoativos e à tecnologia blockchain, sem propostas específicas. Em uma consulta recente do portal Exame, Nunes afirmou:
“Embora eu entenda que as criptomoedas apresentem um enorme potencial para transformar as finanças globais, é fundamental que governos, investidores e até o mercado não fechem os olhos para os riscos associados, como crimes financeiros, variações momentâneas e colapsos de mercado.”
Por outro lado, Boulos foi ainda mais econômico nas palavras, afirmando que o tema das criptomoedas “deve ser regulado pelo Banco Central”. Também disse que:
“Consideramos que inovações são bem-vindas, mas é preciso assegurar garantias para investidores e para o sistema financeiro nacional.”

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