Crise do Hyperliquid expõe centralização no mercado cripto, dizem especialistas

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O colapso envolvendo o token JellyJelly no Hyperliquid reacende o debate sobre a real descentralização nas criptomoedas. Para muitos analistas, o episódio revelou que o mercado ainda depende de estruturas centralizadas.
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Hyperliquid

Em 26 de março, a exchange descentralizada de futuros perpétuos Hyperliquid enfrentou seu segundo caso de manipulação em poucas semanas. Um trader apostou contra o token Jelly-My-Jelly e gerou perdas de até US$ 12 milhões à plataforma.

Logo após o incidente, o Hyperliquid removeu os contratos perpétuos do token e prometeu ressarcir os usuários afetados. Segundo a Kaiko Research, a manipulação expôs fragilidades no sistema de liquidação da exchange.

Analistas apontam que, ao permitir que validadores interviessem para conter prejuízos, a plataforma comprometeu um dos pilares do ideal cripto: a descentralização.

Controle central ainda pesa mais do que parece

Eric Chen, CEO do protocolo DeFi Injective, afirmou: “O Hyperliquid é uma exchange forte sem KYC, mas está longe de ser descentralizada.”

A proposta original do setor cripto é oferecer autonomia, resistir à censura e eliminar intermediários. No entanto, o recente caso levanta dúvidas sobre o quão real é essa autonomia.

Para muitos, a situação lembra o colapso da FTX em 2022, quando a exchange de Sam Bankman-Fried perdeu cerca de US$ 9,7 bilhões de clientes e investidores.

Chen comparou os papéis da Alameda e da HLP: “Assim como a Alameda fazia pela FTX, a HLP sustenta liquidações no Hyperliquid.” Ele também criticou a forma como o token foi removido. Segundo ele, a decisão foi centralizada e sem transparência — exatamente o tipo de atitude que causou os problemas na FTX.

Para reduzir riscos, Chen defende modelos híbridos. A Helix, por exemplo, aposta em uma boa experiência de uso sem abrir mão da custódia descentralizada.

O que aconteceu na prática?

O ataque seguiu um padrão já visto em outros casos, como o da Mango Markets. Um trader explorou a baixa liquidez para manipular o preço do JellyJelly. Ele abriu posições opostas no mercado perpétuo, forçou liquidações e causou uma valorização artificial de 500% em uma hora.

Com isso, o HLP perdeu cerca de US$ 12 milhões. A Kaiko revelou que, ao ultrapassar certos limites, o sistema bloqueou novas posições. Isso impediu liquidações rápidas e ampliou o prejuízo.

Os dados mostram que o ataque foi planejado. O invasor já realizava testes dez dias antes da ação.

Após o ocorrido, o Hyperliquid anunciou que seus validadores votaram pela remoção dos contratos do Jelly. A equipe também prometeu melhorias técnicas e afirmou que todos os usuários, exceto contas suspeitas, serão ressarcidos pela Hyper Foundation.

Fonte: Kaiko Research
Fonte: Kaiko Research

Falta de confiança derrubou o Hyperliquid

Para Alexis Sirkia, da Yellow Network, o problema não foi centralização. “O Hyperliquid falhou porque os usuários precisavam confiar nele”, disse.

Em suma, ele apontou que, sob pressão, a plataforma suspendeu negociações e alterou liquidações. Isso mostra que, mesmo com aparência descentralizada, o controle ainda existe.

Segundo Sirkia, muitas exchanges e protocolos DeFi operam com “confiança implícita”. Ou seja, contam com chaves administrativas, livros de ordens fechados e custodiantes centralizados.

Sirkia propõe um modelo nativo e peer-to-peer, com comunicação direta entre traders e formadores de mercado. Isso, segundo ele, reduziria a manipulação e aumentaria a eficiência.

Gracy Chen, CEO da Bitget, foi mais dura. Ela disse que o Hyperliquid pode se tornar a “nova FTX 2.0”. Para Chen, a forma como a exchange lidou com o caso Jelly foi “imaturo, antiético e nada profissional”.

Ela também alertou para falhas no projeto da plataforma. Entre elas, cofres mistos que expõem todos os usuários ao risco sistêmico e limites de posição abertos à manipulação.

Regulamentação: o preço da adoção em massa

Ademais, Todd Ruoff, CEO da rede Autonomys, afirmou que o maior risco do setor está nos intermediários centralizados sem supervisão. “Muitas plataformas ainda operam sem transparência real”, disse ele. Isso inclui balanços ocultos, buffers de liquidez insuficientes e práticas de risco mal gerenciadas.

Segundo ele, é preciso mais transparência e auditorias rigorosas. Ruoff também destacou que a indústria cripto, apesar de nascer da descentralização, se afastou desse ideal.

Sobretudo, um exemplo disso foi o caso da Tornado Cash. Em 2022, o mixer do Ethereum anunciou que começaria a bloquear carteiras sancionadas pelo governo dos EUA. Dessa forma, a medida indicou que o setor estava cedendo à pressão regulatória.

Nesse sentido, governos ao redor do mundo têm intensificado o controle. EUA, China, Índia, Japão, Austrália e União Europeia já adotaram regras rígidas para investidores cripto.

Especialistas afirmam que essa regulamentação é o preço da integração ao sistema financeiro global. No entanto, ela também questiona se a descentralização ainda é real ou apenas uma ideia.

“Mesmo com o Bitcoin mantendo sua base descentralizada, o mercado cripto como um todo está cada vez mais centralizado”, disse Ruoff. “Exchanges, pools de mineração e até governanças concentram poder. Isso está longe do que Satoshi imaginou.”

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