FTX, exchange em processo de falência, busca alternativas para reembolsar credores
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A exchange de criptomoedas FTX, atualmente em processo de falência, está avaliando formas de compensar credores em diversas partes do mundo, incluindo Rússia, China, Egito, Nigéria e Ucrânia, segundo revelou Sunil Kavuri, representante do grupo de credores da plataforma.
De acordo com Kavuri, investidores dessas regiões estão excluídos das distribuições em andamento, mesmo representando uma parcela significativa da base de usuários da FTX. Dados sobre os credores da exchange falida indicam que a China lidera a lista, com 8% do total de reivindicações, reforçando o impacto da exclusão.
Embora não tenha especificado os motivos para a ineligibilidade desses credores, Kavuri afirmou que a gestão da FTX está trabalhando em possíveis soluções para o problema. A declaração traz um pouco mais de clareza para os afetados, que seguem aguardando o ressarcimento de seus fundos.
Até o momento, a FTX já realizou sua primeira rodada de pagamentos para credores de menor porte no dia 18 de fevereiro. No entanto, clientes em países restritos ainda não receberam qualquer valor, e não há um prazo definido para a resolução de seus pedidos.

Fonte: FTX
Limitações de plataformas podem não ser a única razão para exclusão de credores da FTX
A exclusão de credores em países como Rússia, China, Egito, Nigéria e Ucrânia das distribuições da FTX não chega a ser uma surpresa, já que as plataformas designadas para os pagamentos, Kraken e BitGo, não operam na maioria dessas regiões.
No entanto, a ausência desses serviços pode não ser o único fator por trás dos atrasos. Segundo Sunil Kavuri, alguns investidores egípcios possuem contas na Kraken e na BitGo, mas ainda assim continuam inelegíveis para receber seus fundos.
Isso levanta dúvidas sobre os critérios adotados pela FTX para excluir determinados credores do processo de reembolso, aumentando a incerteza entre os usuários que aguardam o pagamento de suas reivindicações.
FTX prioriza valores menores
Em 19 de fevereiro, o co-CEO da Kraken, Arjun Sethi, confirmou que a exchange processou os primeiros repasses para credores da plataforma falida. Segundo ele, mais de 46.000 reclamantes receberam fundos nessa fase inicial.
Sethi também aproveitou para destacar a importância da transparência no setor cripto:
“Dois anos depois, a FTX continua sendo um lembrete do porquê responsabilidade, segurança e transparência são fundamentais. Muitas exchanges offshore ainda não fornecem prova de reservas – nós fornecemos, e sempre forneceremos.”
A estratégia da FTX tem sido priorizar credores menores, reembolsando integralmente aqueles com valores aprovados abaixo de US$ 50.000.
Além disso, esses investidores também receberam um adicional referente a 9% de juros anuais, acumulados desde que a empresa entrou com pedido de falência sob o Capítulo 11, em novembro de 2022.
Já os credores com reclamações superiores a US$ 50.000 deverão começar a receber seus pagamentos no segundo trimestre deste ano.
A FTX colapsou em novembro de 2022, após denúncias de má gestão financeira e fraude. O então CEO Sam Bankman-Fried foi condenado a 25 anos de prisão, embora continue alegando que a exchange não estava insolvente, mas sim enfrentava problemas de liquidez no momento do pedido de falência.

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