Cofundador da BitMEX enfrenta ação coletiva por suposto esquema de manipulação de preços

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Flavio Aguilar
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Processo contra Bitmex

Ben Delo, co-fundador da exchange de criptomoedas BitMEX, enfrentará uma ação coletiva movida por clientes da exchange, determinou um juiz federal dos Estados Unidos.

Segundo o juiz Andrew Carter, do Tribunal Distrital de Nova York, Delo desempenhou um papel fundamental em um suposto esquema de manipulação de preços. Por isso, negou um pedido de arquivamento do processo que alegava falta de jurisdição.

A ordem do juiz, assinada em 3 de abril e publicada em 8 de abril, afirma que Delo se beneficiou dos EUA deliberadamente. Então, ficou sob sua jurisdição.

A ordem destaca o forte envolvimento de Delo nos supostos esforços de manipulação. Afinal, a acusação é de que ele concebeu e projetou um sistema de liquidação que permitiu à BitMEX lucrar com o esquema.

Trio da Bitmex tinha acesso privilegiado às contas dos clientes

A ação coletiva foi movida em abril de 2020 por um grupo de clientes da BitMEX contra a empresa e seus co-fundadores. Portanto, além de Delo, envolve também Arthur Hayes e Samuel Reed.

A alegação é de que o trio operava uma mesa de negociação com acesso privilegiado às contas dos clientes — como diz o texto, eles teriam “God Access” (acesso divino) às contas.

Segundo a ação, o trio explorou esse acesso usando informações dos usuários para orquestrar negociações que liquidaram um número significativo de usuários, gerando lucros para a exchange.

De acordo com a ação judicial, a BitMEX revelou inicialmente a existência dessa mesa de negociação em abril de 2018, após pressão de um analista independente.

A exchange afirmou que a mesa teria um papel neutro de formação de mercado. No entanto, segundo a ação, a BitMEX negociou contra seus clientes usando “contas queimadas” não divulgadas.

Delo controlava decisões financeiras importantes

A ordem do juiz também esclarece o papel de Delo na BitMEX. Afinal, ele tinha autoridade sobre decisões financeiras importantes, incluindo o funcionamento da mesa de negociação.

A ordem também revela que Delo se envolvia pessoalmente em negociações na plataforma, beneficiando-se de vantagens não divulgadas. Aliás, Delo, Hayes e Reed já enfrentaram outras consequências legais antes dessa ação.Em outubro de 2020, procuradores dos EUA apresentaram acusações criminais contra quatro dos fundadores e executivos da plataforma por evasão de regras de lavagem de dinheiro.

Na época, a Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC, do nome em inglês) afirmou que o trio e outro indivíduo não identificado eram culpados por:

“levar de forma consciente a BitMEX a violar a Lei de Sigilo Bancário e conspirar para cometer esse mesmo delito”

O regulador salientou que Hayes, Delo e Reed “se declararam culpados” das acusações contra eles “e devem ser sentenciados nas próximas semanas”.

Em junho de 2023, Delo se declarou culpado por não estabelecer um programa Anti-Lavagem de Dinheiro (AML) na BitMEX, violando a Lei de Sigilo Bancário. Posteriormente, a justiça dos EUA condenou o empresário a 30 meses em liberdade condicional.

Hayes e Reed também se declararam culpados. Por isso, receberam sentenças de liberdade condicional e concordaram em pagar uma multa de US$ 10 milhões.

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