China e Rússia pretendem usar Bitcoin como alternativa ao dólar
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As crescentes tensões geopolíticas e as tarifas impostas pela administração Trump estão levando diversos países a reavaliar sua dependência do sistema financeiro dos Estados Unidos.
Segundo um novo relatório da gestora de investimentos VanEck, a utilização estratégica da infraestrutura comercial e financeira pelos EUA tem incentivado o interesse global em sistemas de pagamento neutros. Antes vistos como uma alternativa teórica, esses mecanismos de liquidação agora começam a ser testados em cenários reais.
Nesse contexto, o Bitcoin vem ganhando força como instrumento financeiro funcional, especialmente entre nações que buscam reduzir sua exposição ao dólar americano.
De acordo com a VanEck, China e Rússia estão na dianteira desse movimento, tendo realizado algumas transações de energia utilizando Bitcoin e outros ativos digitais.
A análise da gestora reforça um evento anterior, que revelou o uso de criptomoedas por empresas petrolíferas russas em comércio com China e Índia, numa tentativa de driblar sanções impostas por países ocidentais.
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Ademais, o analista de mercado Jonathan Hammel avalia que a confiança na supremacia financeira dos Estados Unidos começou a ruir em 2022, quando o governo americano congelou as reservas da Rússia e bloqueou seu acesso a sistemas de compensação em dólar. Para Hammel, essa decisão foi um ponto de inflexão, intensificando o interesse global por redes alternativas como o Bitcoin.
Segundo ele, ao restringir o acesso da Rússia ao sistema bancário ocidental — incluindo o Federal Reserve e a rede SWIFT — a administração Biden acabou acelerando a migração de capitais para moedas e redes alternativas, como o BTC. Com o aumento das tensões comerciais, o analista acredita que essa tendência tende a se intensificar.
Esse movimento, no entanto, não se restringe às grandes economias globais. A Bolívia estuda o uso de criptomoedas para pagar importações de energia. Já a gigante francesa do setor elétrico, EDF, avalia a mineração de Bitcoin como forma de aproveitar o excedente energético. Em suma, este excedente hoje é exportado à Alemanha.
Por fim, para Matthew Sigel, da VanEck, esses exemplos ilustram uma mudança estrutural no papel do Bitcoin no sistema financeiro internacional. A criptomoeda, segundo ele, vem ganhando força em mercados que buscam reduzir a exposição ao dólar e operar fora dos sistemas tradicionais onde os EUA dominam.

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