Cartéis do México usam criptomoedas em pagamentos para laboratórios chineses

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Pesquisa divulgada pela Chainalysis mostra movimentação criminosa de criptomoedas para financiar substâncias usadas na produção de entorpecentes.
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Pesquisa da Chainalysis

Criptomoedas foram adotadas como forma de pagamento por cartéis localizados no México na comercialização de substâncias proibidas.

De acordo com pesquisa divulgada pela empresa de análise blockchain Chainalysis, existem conexões financeiras diretas entre cartéis de drogas mexicanos e fornecedores chineses de precursores de fentanil por meio de transações cripto.

A investigação amplia descobertas anteriores sobre o uso de criptomoedas no financiamento da produção de entorpecentes.

Autoridades identificaram mais de US$ 37,8 milhões em pagamentos com criptomoedas suspeitos envolvendo comerciantes químicos sediados na China, entre os anos de 2018 a 2023.

Criptomoedas usadas por criminosos

Segundo o relatório investigativo divulgado pela Chainalysis na quarta-feira (19/03), transações com criptomoedas se transformaram em uma ferramenta essencial para a compra de agentes químicos sem necessidade de pagamento em dinheiro físico.

Além disso, essas transações fazem parte de uma rede financeira ainda maior, abrangendo México, EUA e China.

Operações chinesas de lavagem de dinheiro, incluindo indivíduos baseados nos EUA, colaboram cada vez mais com organizações de tráfico de drogas (DTOs), especialmente cartéis mexicanos.

Essas parcerias facilitam a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, frequentemente por meio de transações com criptomoedas.

China proibiu criptomoedas

Assim, como os controles de capital rígidos da China limitam a compra de apenas US$ 50 mil em moeda estrangeira por ano, redes bancárias clandestinas ligadas ao comércio de fentanil surgiram como alternativa nesse mercado.

Embora a China tenha proibido criptomoedas, ela continua sendo a principal fornecedora de agentes químicos para a produção de fentanil e equipamentos relacionados, incluindo kits de matriz TDP.

Portanto, esses kits são essenciais para prensagem de comprimidos em máquinas de fabricação de pílulas. Eles contêm moldes que transformam químicos em comprimidos sólidos.

Por mais que tenham uso legítimo na indústria farmacêutica, esses kits também são amplamente adotados por traficantes de drogas para produzir pílulas falsificadas, incluindo comprimidos misturados com fentanil.

Anteriormente, a Chainalysis já havia identificado mais de US$ 37,8 milhões em transações com criptomoedas suspeitas de comerciantes químicos na China.

Consequentemente, cartéis mexicanos, como o Cartel de Sinaloa, dependem desses fornecedores para produzir opioides sintéticos como o fentanil, que são traficados para os EUA.

US$ 5,5 milhões apreendidos

Um recente caso de apreensão no Distrito Leste de Wisconsin resultou no confisco de mais de US$ 5,5 milhões em criptomoedas. A investigação começou como um caso de lavagem de dinheiro ligado a uma rede sediada nos EUA e associada a um cartel mexicano.

Dessa forma, autoridades identificaram transações cripto envolvendo contas de exchanges centralizadas e carteiras digitais usadas para processar lucros ilícitos do tráfico de drogas. A quantia provém principalmente da venda de fentanil e metanfetamina.

A Chainalysis rastreou esses fundos até carteiras cripto previamente associadas a empresas chinesas que fornecem agentes para produzir o fentanil.

Ligação de pagamentos com criptomoedas (Reprodução: Chainalysis)

O relatório destacou também um contraste marcante entre quem lava dinheiro e os afiliados a cartéis e sindicatos do crime cibernético. Isso inclui hackers norte-coreanos apoiados pelo Estado, que usam técnicas avançadas para ofuscar criptomoedas roubadas.

Enquanto isso, pessoas ligadas aos cartéis operam de forma mais aberta. Eles movimentam fundos por meio de exchanges centralizadas e carteiras não hospedadas, o que facilita o rastreamento de suas atividades financeiras.

Criptomoedas na lavagem de dinheiro

Nos últimos anos, cartéis de drogas mexicanos e colombianos passaram a utilizar criptomoedas com mais frequência. Entre eles, o Cartel de Sinaloa aparece tanto em reportagens da mídia local quanto na recente pesquisa da Chainalysis.

Sendo assim, o Tether (USDT) se tornou a criptomoeda preferida desses grupos. Como seu valor é atrelado ao dólar americano, traficantes conseguem movimentar dinheiro sem se preocupar com oscilações do mercado.

No entanto, no México, o USDT circula frequentemente abaixo do valor de mercado. Grande parte das transações com a stablecoin pode envolver dinheiro proveniente do tráfico de drogas.

Ou seja, cartéis compram esses ativos com desconto e os revendem por um preço mais alto em lugares, como a Colômbia, para obter lucro.

Para movimentar fundos, esses grupos utilizam uma combinação de três formas de negociação no mercado cripto, como:

  • Exchanges de criptomoedas
  • Transferências peer-to-peer
  • Negociações over-the-counter (OTC)

Contudo, cada etapa torna mais difícil para os investigadores seguir o rastro do dinheiro.

Em outubro de 2024, investigadores federais dos EUA abriram um caso contra a Tether, empresa responsável pela emissão do USDT.

Eles analisaram se o USDT violou sanções ou burlou leis contra lavagem de dinheiro, e se a empresa deveria enfrentar penalidades.

O USDT movimenta bilhões de dólares diariamente. Sua relação com o preço do dólar norte-americano oferece aos grupos criminosos uma solução simples em países onde o dólar é escasso.

Recentemente, um grande júri indiciou nove pessoas nos EUA em um caso envolvendo pagamentos com criptomoedas e tráfico de drogas. O julgamento aconteceu em novembro de 2024.

Os promotores acusaram essas pessoas de lavar dinheiro do tráfico de drogas para cartéis mexicanos e colombianos. O crime se sucedeu entre 2020 e meados de 2023, com os réus utilizando transações cripto disfarçadas como negócios verdadeiros para evitar detecção.

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