Brasil quer usar blockchain em comércio com Brics
Acreditamos na total transparência com nossos leitores. Alguns de nossos conteúdos incluem links de afiliados, e podemos ganhar uma comissão por meio dessas parcerias. No entanto, essa compensação potencial nunca influencia nossas análises, opiniões ou avaliações. Nosso conteúdo editorial é criado de forma independente de nossas parcerias de marketing, e nossas classificações são baseadas exclusivamente em nossos critérios de avaliação estabelecidos. Leia mais

O Brasil pretende aproveitar que está na presidência do Brics este ano para destravar a proposta de transações financeiras facilitadas entre países em desenvolvimento. No entanto, o plano não passaria pela ideia de uma moeda comum, e sim pelo uso da tecnologia blockchain.
A iniciativa vem em um momento de tensão nas relações comerciais internacionais. Afinal, o presidente dos EUA, Donald Trump, vem impondo uma política tarifária agressiva para pressionar outros países a fazer concessões.
Como o Brasil pretende usar a tecnologia blockchain
Nos últimos anos, tem havido um grande debate sobre a viabilidade de uso de uma moeda comum para transações comerciais entre os países que compõem o Brics.
Aliás, a ex-presidente Dilma Rousseff, que comanda atualmente o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), mais conhecido como Banco do Brics, aventou essa ideia. O objetivo, nesse caso, seria ter uma alternativa ao dólar americano para pagamentos transfronteiriços.
No entanto, mesmo que o próprio presidente Lula também tenha feito declarações nessa direção, integrantes do governo afirmaram ao jornal O Globo que a aposta seria mesmo na tecnologia blockchain.
O uso da blockchain serviria para aumentar a eficiência de contratos de importação e exportação. Também poderia reduzir custos de pagamentos entre os países que compõem o Brics.
Recentemente, o bloco ganhou novos integrantes e passou a ter ainda mais peso geopolítico. Originalmente, o Brics era composto apenas por Brasil, África do Sul, China, Índia e Rússia. No entanto, agora também tem a companhia de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Brics não devem antagonizar com EUA
De acordo com as fontes do jornal O Globo, o Brasil e os demais membros do Brics não querem dar um passo em falso e prejudicar o sistema de trocas internacionais atual. Afinal, ele funciona — mesmo que seja caro e ineficiente.
Além disso, a proposta não visa antagonizar Trump em meio à tensão internacional com as tarifas impostas pelos EUA.
O presidente norte-americano já mostrou irritação ao tratar da possível busca do Brics por alternativas ao dólar. Aliás, Trump chegou a afirmar que poderia impor novas tarifas ao grupo se isso ocorresse.
A posição do dólar como reserva global gera uma vantagem importante para os EUA em relação aos demais países. Isso se aplica até mesmo a concorrentes poderosos como a China — isso sem falar do próprio Brasil e de qualquer outra nação.
Além disso, os EUA utilizam essa posição para impor sanções a outros países. Por exemplo, isso se aplica a membros dos Brics como Irã e Rússia.
No entanto, as autoridades brasileiras já descartaram que um possível enfraquecimento do dólar seja o foco do Brasil. Por enquanto, a posição tem sido de ressaltar as vantagens da blockchain em aspectos como segurança e eficiência para as transações.

Leia mais:






