Bitcoin caiu para US$ 60.000 após ataque do Irã a Israel, na terça-feira

O Bitcoin caiu para US$ 60.000 em reação ao ataque de mísseis do Irã a Israel, na terça à noite (01/10). Mas subiu para US$ 62.309 nesta quarta-feira (02). Esse “revide” do Irã teria sido uma retaliação ao assassinato de membros do Hezbollah recentemente, incluindo o líder do grupo.
O mercado está receoso quanto à possibilidade de uma guerra regional mais ampla, envolvendo o Irã e os Estado Unidos, enquanto Israel escala as investidas contra o Líbano. Nos EUA, o apoio militar a Israel vem ganhando proporções maiores, com envio de recursos militares para reforçar a defesa do país.
Nesses cenários de incerteza, os investidores tendem a vender ativos mais arriscados, como as criptomoedas. Como resultado, isso impacta diretamente o preço do Bitcoin.
A queda para US$ 60.000 representa um declínio de 7,5% com relação ao recente pico de US$ 65.000.
A reação do setor cripto
Mitchell Nixon, chief research officer na Imperial Wealth, afirmou que essa redução no preço do Bitcoin se assemelha às quedas registradas em abril e julho. Nesses casos, tensões crescentes no Oriente Médio estimularam a venda de cripto ativos.
No dia 30 de setembro, ETFs spot de Bitcoin registraram entradas no valor de US$ 61,2 milhões. No dia 1 de outubro, no entanto, houve um movimento inverso, com saídas substanciais, chegando a US$ 242,5 milhões, segundo dados da SoSoValue.
Por sua vez, ETFs spot de Ethereum terminaram o dia 30 de setembro com outflow de US$ 822.300, e as coisas pioraram no dia 1 de outubro, com saídas no valor de US$ 48,52 milhões.
No atual cenário do mercado, dados da CoinGlass indicam expressivas retiradas de criptomoedas, incluindo Bitcoin, Ethereum e Solana, com o número de vendedores superando o de vendedores, afirmou Mitchell Nixon, chief research officer na Imperial Wealth.
Contudo, Nixon ressaltou que, apesar das tensões atuais, o Bitcoin teve seu melhor mês de setembro em cerca de uma década.
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