Binance lidera valor de depósitos em 2024, com US$ 21,6 bilhões
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Acreditamos na total transparência com nossos leitores. Parte do nosso conteúdo inclui links de afiliados, e podemos ganhar uma comissão através dessas parcerias.A Binance solidificou a posição de principal exchange de criptomoedas do mundo. Isso porque, em 2024, a corretora registrou US$ 21,6 bilhões em depósitos de clientes.
Segundo relatório da própria Binance, o valor supera as entradas de todas as outras maiores exchanges juntas. A corretora atribuiu esse desempenho à crescente adoção de ativos digitais no mundo, impulsionada por progressos no setor de regulação e em recordes em preços de criptomoedas.
Além disso, contribuiu para a performance a aprovação de ETFs à vista de Bitcoin em importantes mercados, como, por exemplo, Estados Unidos e Hong Kong.
Base de usuários chega a 250 milhões
A corretora informou que sua base de usuários chegou a 250 milhões globalmente, um marco expressivo na expansão da empresa. Dados da DefiLlama colocam a Bybit em seguido lugar quanto ao valor de depósitos de clientes (US$ 8,2 bilhões), seguida pela OKX (com US$ 5,3 bilhões).
Em seguida, vêm BitMEX, Robinhood e HTX, com US$ 3,45 bilhões, US$ 3,16 bilhões e US$ 2,12 bilhões, respectivamente. No entanto, corretoras como Bitstamp, Bitfinex e Crypto.com registraram saídas de US$ 2,75 bilhões, US$ 1,77 bilhões e US$ 358 milhões, nessa ordem.
Cresce interesse institucional em CEXs
O interesse institucional em corretoras centralizadas também aumentou. Segundo relatório da CryptoQuant, referente a 3 de dezembro, a média de depósitos em Bitcoin na Binance passou de 0,36 BTC para 1,65 BTC em 2024.
Similarmente, a média de depósitos em USDT também apresentou um salto significativo, de US$ 19.600 para US$ 230.000.
A Binance se tornou a primeira exchange centralizada a passar de US$ 100 trilhões em volume total de transações, de acordo com o CCData. Em seguida vem a OKX, com US$ 25 trilhões.
Apesar de estimativas que previam uma mudança significativa para exchanges descentralizadas (DEXs), em decorrência do colapso da FTX em 2022, o fato é que as CEXs ainda dominam o mercado.
Recentemente, a Circle e a Binance anunciaram uma parceria com o objetivo de ampliar a adoção da stablecoin USDC, atrelada ao dólar, e impulsionar o uso de ativos digitais de maneira geral.
Por outro lado, o mercado cripto segue enfrentando obstáculos. Como exemplo, temos o caso do Cambodia, que bloqueou o acesso de 16 sites de corretoras de criptomoedas.
Entre elas estão grandes plataformas, como a própria Binance, a Coinbase e a OKX. O movimento faz parte dos esforços do país para regular o mercado de ativos digitais.
Operações cripto atingiram US$ 2,71 trilhões em novembro
O mês de novembro marcou um “renascimento” do trade de criptomoedas. Para se ter uma ideia, o volume mensal de operações à vista chegou a US$ 2,71 trilhões, o nível mais alto desde maio de 2021.
A Binance dominou esse movimento, acompanhada por exchanges como Crypto.com, Upbit e Bybit, que também tiveram desempenhos bem expressivos.
A alta se estendeu, ainda, para os mercados futuros, com o Bitcoin atingindo US$ 2,59 trilhões em volume total de negociação e o Ethereum registrando US$ 1,28 trilhão. Ambos registraram seus níveis mais altos em mais de dois anos.
Esse crescimento foi impulsionado pela reeleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, adotando uma plataforma política pró-cripto.
Além disso, novembro foi um mês histórico para os ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos, com entradas de US$ 6,4 bilhões. Por fim, vale destacar, naturalmente, a alta no preço do BTC, que se mantém na faixa dos US$ 100 mil.
No Brasil, disparam buscas relacionadas ao universo cripto
Enquanto isso, no Brasil, o interesse pelo mercado de criptomoedas disparou nos últimos dois anos. Os dados são de recente pesquisa divulgada pela Bitso, em parceria com a Semrush.
Em resumo, o levantamento revelou um aumento de 124% nas buscas relacionadas ao universo cripto entre setembro de 2022 e setembro de 2024.
Em outras palavras, as consultas saltaram de 2,12 milhões para impressionantes 4,75 milhões. Apenas no último ano, o crescimento foi de 59%. Em setembro de 2023, 2,99 milhões de pesquisas foram registradas, enquanto no mesmo mês deste ano o número superou os 4,75 milhões.
Termos como “blockchain” lideraram as buscas, com 1,2 milhão de consultas, seguidos de “criptomoedas” (74 mil) e “DREX”, a moeda digital brasileira do Banco Central (60,5 mil).
A pesquisa também mostrou que o interesse vai além de simples curiosidade. Os brasileiros estão cada vez mais empenhados em aprender sobre o mercado e expandir seus conhecimentos financeiros.
Assim, termos como “educação financeira” registraram 49,5 mil buscas, enquanto “o que é blockchain” e “o que é criptomoeda” alcançaram 6,6 mil e 3,6 mil, respectivamente.