Banco Central Europeu faz críticas ao Bitcoin em estudo

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Segundo o BCE, o Bitcoin tem efeitos negativos principalmente quanto à distribuição de riqueza e impacto social.
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Flavio Aguilar
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Pedro Augusto
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União Europeia

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou um novo estudo com duras críticas ao Bitcoin (BTC). Segundo o relatório, assinado por Ulrich Bindseil e Jürgen Schaaf, a criptomoeda tem efeitos negativos principalmente quanto à distribuição de riqueza e impacto social.

Além disso, o documento destaca que o BTC foi promovido inicialmente como uma ferramenta de pagamento global. No entanto, teria se tornado um ativo especulativo. Portanto, seria impossível dizer qual é a projeção mais realista de valor para o Bitcoin.

Divergências sobre o Bitcoin

No relatório, os analistas citam diversas projeções sobre o preço futuro da criptomoeda. Por exemplo, há o prognóstico da megainvestidora Cathie Wood, de que o BTC chegará a US$ 1 milhão até 2030. Por outro lado, existe a de US$ 10 milhões de Robert Kennedy Jr., ex-candidato à presidência dos Estados Unidos.

Segundo o relatório:

“Embora o valor de mercado atual de um Bitcoin esteja na faixa de US$ 50 mil a US$ 60 mil, pode-se argumentar que qualquer preço do Bitcoin é igualmente plausível, incluindo US$ 10 milhões ou mais – uma vez que nenhum desses preços tem qualquer justificação econômica específica ou base imputada.”

Além disso, os analistas destacam a divergência que existe hoje no mercado entre os críticos do Bitcoin e seus defensores. Para os primeiros, haveria uma bolha que vai inevitavelmente estourar em algum momento, gerando prejuízo para seus investidores.

Por outro lado, os defensores da criptomoeda apontam para seu potencial como grande reserva de valor digital. Aliás, eles consideram que esse valor de reserva substituiria o do ouro, o que seria um fator potencial de valorização.

Potencial de aumento da divisão social

As análises do relatório do BCE também incluem preocupações sobre a crescente desigualdade econômica. Afinal, o documento alerta para o problema da concentração de riqueza, que pode levar a profundas divisões sociais.

O Bitcoin teria um papel relevante nesse cenário. Segundo o relatório, os primeiros investidores da criptomoeda tiveram grandes lucros. No entanto, aqueles que chegaram mais tarde (ou não investiram) acabaram sofrendo perdas.

Aliás, os analistas comparam essa situação com a valorização de terrenos em certos locais de Nova York. Afinal, a mesma dinâmica ocorreu nesse caso: os primeiros investidores se beneficiaram mais do que os retardatários.

Portanto, mesmo que os defensores estejam corretos quanto ao futuro do criptoativo, haveria problemas. Afinal, os primeiros investidores conseguiriam aumentar sua riqueza e consumo reais às custas da riqueza e do consumo daqueles que não têm Bitcoin ou investiram “tarde demais” nesse ativo:

“Assim, deixar de investir no Bitcoin não seria apenas uma oportunidade perdida para acumulação de riqueza, mas significa um empobrecimento real em comparação com um mundo sem Bitcoin. É pouco provável que essa redistribuição da riqueza e do poder de compra ocorra sem prejuízos para a sociedade.”

Portanto, mesmo que a valorização do Bitcoin tenha criado riqueza para alguns, também aumentou a disparidade econômica. Além disso, o estudo destaca que:

“Mesmo que os retardatários não possam atribuir a sua perda de poder de compra à valorização do ativo, eles sentirão mal-estar e frustração, o que contribuirá ainda mais para uma sociedade cada vez mais dividida”.

Portanto, o BCE acaba abordando também desafios potenciais à estabilidade democrática.

Críticas à comparação com o ouro

Diante de tudo isso, o relatório dos analistas do BCE defende que a crescente aceitação do Bitcoin por instituições financeiras pode aumentar o risco sistêmico.

Aliás, eles criticam a posição de líderes do setor, como Larry Fink, que promovem a criptomoeda chamando-a de “ouro digital”.

Afinal, segundo o estudo, o Bitcoin não tem a utilidade tangível do ouro. Além disso, a criptomoeda não contribuiria para a produção econômica real.

O impacto do Bitcoin na política

O relatório do BCE não se restringe apenas à questão econômica. Também alerta para as possíveis consequências sociais da valorização do Bitcoin. Por exemplo, como já vimos, a desigualdade crescente tem potencial para enfraquecer a coesão social, o que também refletiria na estabilidade democrática.

Além disso, os analistas apontam para o potencial que a criptomoeda tem para influenciar a política dos países.

Segundo eles, como a evolução do preço do Bitcoin não tem uma “âncora intrínseca estável”, seu comportamento pode ser fortemente influenciado pelo governo.

Isso inclui medidas regulatórias, legislação e até mesmo a possibilidade de formar reservas de Bitcoin. Aliás, isso iria contra o conceito original da criptomoeda, que fala em independência em relação a governos.

Por fim, o estudo sugere que é preciso estudar essas regulações, com a intenção de minimizar os potenciais riscos da adoção em massa do Bitcoin. Afinal, segundo os analistas:

“Em contextos democráticos, nos quais os políticos são responsáveis perante os eleitores, essa dependência implica que as atitudes em relação ao Bitcoin podem influenciar os resultados eleitorais.”

Aliás, eles citam como exemplo as eleições presidenciais dos Estados Unidos, que ocorrem no próximo dia 5 de novembro.

BCE tem posição crítica histórica

O Banco Central Europeu vem mantendo uma posição crítica ao Bitcoin historicamente. Por exemplo, em várias ocasiões a instituição já atacou a criptomoeda, dizendo que ela não cumpre sua promessa inicial de se tornar uma moeda global.

Além disso, a presidente do BCE, Christine Lagarde, criticou a lentidão e volatilidade do Bitcoin. Segundo ela, a criptomoeda não é uma opção prática como forma de pagamento. Também afirmou que ela representa riscos à economia global.

Euro digital x Bitcoin

Após as críticas presentes no estudo do BCE, vários acadêmicos defensores do Bitcoin saíram em defesa da moeda.

Murray Rudd, da Satoshi Action Fund (uma organização de defesa da criptomoeda), destacou o papel dos autores do estudo no desenvolvimento de uma moeda digital do banco central (CBDC).

Segundo os defensores do Bitcoin, que publicaram um estudo rebatendo o relatório do BCE, isso representaria um conflito de interesses:

“Dado o foco estratégico do BCE no desenvolvimento de uma CBDC, é razoável inferir que os autores, na melhor das hipóteses, têm um interesse pessoal em retratar o Bitcoin como um ativo especulativo inferior.”

É importante lembrar que, em setembro, o BCE defendeu a implantação do euro digital. A medida seria uma forma de impulsionar a soberania e resiliência financeira da Europa. O objetivo é ter uma moeda digital segura, mas que garanta a privacidade do usuário.

Segundo Piero Cipollone, membro do conselho executivo do BCE, o projeto está em fase de preparação. Tendo começado em 2021, ainda deve levar mais um ano para ser finalizado.

Por fim, Lagarde já disse que a previsão é lançar o CBDC antes do fim da sua gestão, com previsão para 2027.

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