Advogados argentinos processam Milei por caso de meme coin falsa
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Javier Milei está sendo acusado de fraude por promover uma criptomoeda falsa chamada LIBRA. Advogados locais entraram com um processo contra o presidente argentino em um tribunal criminal no domingo (16/02).
Tudo começou na sexta-feira (14/02), quando Milei promoveu a criptomoeda no X. Pouco se sabia sobre ela até então. No entanto, após a divulgação presidencial, ela rapidamente atingiu uma capitalização de mercado de cerca de US$ 4,5 bilhões.
Isso ocorreu após o presidente afirmar que a LIBRA tinha como objetivo “encorajar o crescimento econômico por meio do financiamento de pequenas empresas e startups”.
Segundo o Kobeissi Letter, inicialmente, havia muita especulação sobre a legitimidade do projeto. Mas, aos poucos, mais gente embarcou na LIBRA e deu credibilidade à moeda.
“Ela acabou se tornando real, já que diversos outros políticos argentinos postaram a notícia.”
No entanto, a postagem foi apagada em poucas horas, fazendo com que o valor do token desabasse, em um caso clássico de rug pull. A queda causou milhões de dólares em perdas para seus breves investidores, segundo dados do Dexscreener.
Então, horas depois, Milei deixou uma nova mensagem dizendo que não tinha vínculos com a iniciativa cripto:
“Eu não estava ciente dos detalhes do projeto e, depois de ter tomado conhecimento dele, decidi não continuar a divulgá-lo.”
A mensagem levantou especulações sobre um possível comprometimento de sua conta.
Nas primeiras três horas, os insiders da LIBRA começaram a sacar US$ 87,4 milhões, segundo o Kobeissi Letter e o Bubblemaps:
Gabinete de Milei nega envolvimento com criptomoedas
Em uma declaração no sábado (15/02), o gabinete de Milei enfatizou que ele não tinha envolvimento em qualquer etapa da promoção da criptomoeda. Por isso, teria decidido remover a publicação para evitar especulações.
Um dos advogados que está processando o presidente, Jonatan Baldiviezo, afirmou à AP que esse foi um caso de associação ilícita para realizar “um número indeterminado de fraudes”.
“Como parte dessa associação ilícita, foi cometido o crime de estelionato, no qual a atuação do presidente foi essencial.”
Além de Baldiviezo, a petição contra Milei tem as assinaturas do advogado Marcos Zelaya, da engenheira María Eva Koutsovitis e do economista Claudio Lozano — que presidiu o banco central argentino durante a administração de Alberto Fernández.
Segundo eles, as ações do presidente foram uma operação de “rug pull” e ele teria violado a Lei de Ética Pública.
Investigações devem se iniciar em breve
Conforme a reportagem da AP, a justiça criminal deve designar um juiz para o caso nesta segunda-feira (17/02). Além disso, o Escritório Anticorrupção agiria imediatamente, confirmou o Gabinete do Presidente.
De acordo com o governo:
“Todas as informações coletadas na investigação serão entregues ao judiciário para determinar se alguma das empresas ou indivíduos ligados ao projeto do Protocolo KIP cometeu algum crime.”
Além disso, a administração revelou que o presidente se reuniu recentemente com representantes do Protocolo KIP em seu escritório.
Em um vídeo no sábado (15/02), Hayden Mark Davis, um dos representantes do Protocolo KIP, culpou Milei pelo colapso da LIBRA “apesar dos compromissos anteriores”.
O caso lembra o ocorrido recentemente na República Centro-Africana, onde o presidente também divulgou uma meme coin, mas, depois, surgiram dúvidas sobre a legitimidade do projeto.

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